quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Exorcismo urbano by Scentless
Dividido em partes iguais, como em partes do mesmo Deus,
Regressa ao que sabes, num gesto de fé sem sentido,
Agora, protegido de tudo, só o nada me mata por caprichos seus…
Desvio-me, no ar, da minha dor…
Agora estou sem valor…
Olho-me no reflexo da chuva que nunca chegou a cair,
Passo noites sem fim num povoado isolamento,
Excluído de farsas, por representar demasiado bem,
Se amanha ainda for dia, vou encontrar-me no teu pensamento…
Verdades interditas a mentes abertas
Por não descerem à Terra quando estão fartos de voar,
Simbolizam a medo folhas de um outono precoce
Quando a alma primaveril ainda está só a começar,
Em combustões incertas apago as dúvidas,
Que por mais memoráveis que sejam nunca duram até ao fim,
Falhas são sempre falhas, independentemente da loucura
Ou do grau de incertezas fixas para sempre dentro de mim…
Destinam-me à fogueira acesa da ignorância,
Já sinto o cheiro do fumo numa visão demasiado perto,
Para sempre o primeiro, eterno visionário azarado,
Põe a cabeça na forca a questionar o que era certo…
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Viagem by Scentless
Toda a sua magia, ofuscando
A mágoa insensível derivada do sentimental,
Esferas infinitas giram-me na mão,
Rodando pelo infinito, aladas
Como gelo que arde sem qualquer sensação…
É nisto que penso que devia ter pensado
Menos em ti, menos em mim e mais no vazio,
Saudade terminada pelo corpo esfaimado
Cria atritos sem sentido, onde o que resta é so o frio…
Persiste na mente entendida a ver
Com um só olho que por vezes é demasiado,
Contendo fogo em mim mas sem querer arder…
Só um segundo demais para lembrar
Que um dia houve chama que não teve medo de si
E na memória do instante pode ter chegado a brilhar…
São só histórias que me contam para adormecer
Sem ter sonhos mudos em que vivos nos imagino,
Para sempre enlaçados, mas sem perceber
Qual o mistério que nos une sem as cordas de um destino?
Saudade, inexistente mas ao mesmo tempo brilhante,
Para sempre sentida só por não te ver,
Ou por te ver como uma fracção de um só instante…
Observo pelas rachas do chão molhado
Um só adeus, nunca mais consentido
Até que a sombra o torna o final agora memorizado…
E para sempre na estrela guia,
Não tão claro como à luz do dia,
Mas sim desfeito numa tela desfocada do horizonte,
Viajantes do espaço eleitos,
Pela vontade de ficar perfeitos,
Sem interessar perturbações, na minha bala jaz a fonte…
Descansando à sombra da lua, miragem…
Mas qual é a tua?
Origem da passagem…
domingo, 19 de dezembro de 2010
Eu, Romancista, acordo by The Un{told}
Vejo-me encandeado, todas as manhas assombrado, quando cego deambulo, por este roubado passado. Não posso deixar de sentir uma estranha ligação a esta sensação que me ofusca no peito o coração, será a Inevitabilidade ou a simples verdade do que perdura nesta realidade?
Nestes areais minha pessoa caminhar
Dos prazeres abençoado desfrutar
Estes sobre a minha visão carregar
Os testemunhos daqueles que de mim tirar
Um ouvido para os escutar
E alguém para os ajudar
Sem ninguém, com quem o meu cargo partilhar, e um ouvido para me escutar …
Ou será, estes prazeres questionar, por ver uma luz que possa alcançar, quando tudo se submete a milhas e tudo é distante e sublime.
Depois de olhos cheios, de olhos cientes outrora dormentes, caminho sem cessar nestes areais por explorar, de uma beleza simples em que somente nestas podemo-nos contentar por saber que ainda temos muito que observar e desfrutar, que a vida não desperta do nada, mas que se aproveitada e observada, é nos revelada.
E no peito, neste coração, se enche de alegria, ao ver que ainda tenho muitos caminhos por tecer, que ainda os pólos tenho de conhecer, e agradecer. Os descobrimentos de feitos marcam as pegadas dos eleitos, daqueles sublimes que a vida venceram, que ao caminhar sem duvidar das suas crenças teceram o seu destino, o seu caminho. No final, alcançaram algo grandioso, e com alguém partilharam o seu prestígio glorioso, ouvidos os seus feitos por ouvidos curiosos foram.
Mas depois, é no peito, neste coração, que se enche de tristezas e melancolias, ao ver que muitos caminhos tenho por tecer e as pegadas junto as minhas já começam a desaparecer, com o tempo, jamais as conseguir ver, quanto menos ter, e é neste saber que magoa o coração neste peito. Ninguém para ouvir os meus feitos, ninguém para sublinhar o meu nome junto aos eleitos, ninguém com quem partilhar um simples olhar, ninguém com quem sonhar …
"Que junto a si somente tem os pólos que se abstêm e os seus areais em que bate sua sombra, a que a esta é um desconhecido. Ao seu destino acorrentado como uma testemunha que evidencia, que torna menos leves a escolha por que se rege."
Acompanhado pela sombra, que nada esquece, mas sombra esta que desconhece, e que por isso não faz considerações, a lua e a imensa escuridão que banha o meu coração ao pernoitar nestes areais sem uma luz por que me guiar, porque nestes passeios em que nada posso observar se não o simples facto de não ter ninguém para me acompanhar, ninguém para me guiar, ninguém com quem me deitar e repousar.
Um sem face de nome solidão, faz de mim seu servo pois ao seu lado devo caminhar sem cessar, sem tempo para repousar, reger-me pela minha escravidão.
A esta realidade a minha vida se entrega, numa demanda infinita direccionada, entrego-me ao meu jeito que deambula e procura uma razão, uma maneira de os meus feitos sublinhar e alguém para os escutar, alguém que lhes dê valor, um sentido, amor.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Palavras que não fogem ao tempo by the Un{told}
Tanto abrem como fecham feridas.
Em alturas de angústia, de rebeldia ou euforia
Cuspimos sinónimos e dialectos de mentiras
Num mundo de ilusões, fantoches e fantasias
"Assim é que eu, nas tuas palavras me perdia
Assim é que eu, nas tuas palavras me embebia"
Como um sorriso, uma palavra, uma verdade
Não deviam estes padecer de vaidade
Pois o que é para ser dito é, nem que seja maldade
"Assim é que eu, nas tuas mentiras caia
Assim é que eu, das tuas mentiras vivia"
Mas as palavras não devem ser temidas
As palavras deviam ser honestas e destemidas
Realçar o amor ou sublinhar a dor
Mas nunca difamar o seu verdadeiro valor
Pois o que é, verdadeiro tem de ser
Pois vivemos neste mundo por uma razão
E mentiras só difamam, encobrem o coração
Numa linha suposta recta, com curvas, fazem nos perder
O sentido
O suposto passa a pressuposto e mesmo este
Fica contido.
Mas jogamos e apostamos
Sem pensar que tudo arriscamos
Em dialectos infiéis
Dá-mos a mascara
Ás próprias pessoas que amamos
Que mundo é este, em que custa esperar
Uma honestidade uma verdade sem pesar
A brisa da manha com gume
Momentos quentes vazios
Beijos em lábios secos
Toque frio e desamparado
Porque é que devemos nós ser forçados
A pensar se somos ou não,
Em vez de sermos simplesmente Amados?
As acções deviam falar por si, provar no coração
A razão, o sentido, a verdadeira Intenção.
Mas as palavras, fazem tudo mais fácil
Mais rápido, mas simples, mais frágil.
Pois uma vida pensada não é aproveitada
Uma vida pensada não é amada.
sábado, 27 de novembro de 2010
Alma de cartão by Scentless
Calor vazio de quem me quer amar,
Mas no fim acaba só por olhar,
Aceita enfim toda a solidão…
Matas-me,
De cada vez que quero adormecer,
Porque para mim sonhar já é sofrer,
É sentimento sem razão…
Revolta pensada, por quem deseja ser
Facilmente enganado, nesta desculpa de viver,
Em que só queremos sentir…
Exótico,
Corto a garganta e sabe-me a cristal,
Troco as ideias, tão sentimental,
Mentira é válido pudor…
Marcado,
Qualquer que seja a tua explicação,
Fogo só arde se alma é de cartão,
Parte entre as cinzas do amor…
Animal,
Olha de dentro para o que nunca fez,
Deseja ser de novo a primeira vez,
Penetra no êxtase da dor!
Revolta pensada, por quem deseja ser
Facilmente enganado, nesta desculpa de viver,
Em que só queremos sentir…
Inocente,
Manifesto o descontentamento,
Queixoso pelo aprisionamento,
De cada dia sempre igual!
Emoção,
Sinto-lhe o rasto, mas nunca vou chegar,
A felicidade torna-se vulgar,
Cena invisível, mas banal…
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Time and portraits by Scentless
Or would you pray for the misleading ghosts taking us to nowhere?
Can you look in my eyes and swear that all you feel right now is the pain?
Or is there a sprinkle of the emotion that we barely saved?
Even though the sky is bruised, the winter is so dull, without snow,
The marks of an unfair war are all that I have to show…
As the fire reaches on, it’s still able of boiling my blood,
My eyes turn to red, as the discontent right now is gone…
Killing the one I was before…
As the time passes faster,
Old portraits are laughing
I wish I remembered after
I came here asking
For truth…
The anger of youth, passes me right through
Next to the window, I try to listen to the rain,
The purified emptiness controlling all that remains,
Trying to turn different, as I try to erase the shame,
But deep inside of me I still feel the meteor flames.
The rebels try to take the town at night by their own,
But they’re still there after the rise of the incriminating sun,
As the negotiations miss, bullets start to fly side by side,
The women and children run away for a chance to get high…
But that’s not happening tonight…
As the time passes faster,
Old portraits are laughing
I wish I remembered after
I came here asking
For truth…
The anger of youth, passes me right through
As the fight ends for now, I still look for a place left to sleep,
Looks like the pirates finally got in the control of the ship…
As I look to the black flag, with the skull and the bones at the wind,
I still try to remember why I ever did what I did…
domingo, 31 de outubro de 2010
Romancista em Lágrimas by The Un{told}
Por hábito forçado a tratar feridas de forasteiros procura respostas ao espelho, na sua cara incógnita e tapada, isolada. As palavras não lhe faltam, mas àquela língua custam proferir as verdades que não suporta ouvir.
Não consegue pagar, a moeda corrente, pois este não precisa de sarar nem chorar, é possuidor do conhecimento e do sofrimento deste. Os ventos não mudam os areais que o ensinaram a amar, ele ensinar a amar os forasteiros deve para aos ventos calar.
Mas os ventos sopram a ouvidos surdos, enquanto que as tempestades fazem ouvidos surdos.
As tempestades vão e vêm, quando assobiam não é destas que ele treme mas sim o futuro, este, ele teme. Não se pode esquecer do que o futuro lhe pode trazer, um sol duradouro e campos por colher. Lá nos seus areais as tempestades são poucas mas duradouras e o sol lá não trás campos por colher, o que trás é bem mais precioso. As tempestades moldam os areais, alastram-nos tornam-nos mais espessos e certos. O que a tempestade lhe trás são lições de vida, por cada tempestade que passa ele se ergue mais, se faz ouvir mais alto.
O amor não é certo, o amor não é correcto, o amor não é previsível, o amor é ambicioso.
O amor é uma tempestade, um temporal sem moral, que agora rebenta nos seus areais, sozinho perante este monstro da natureza, de cabeça erguida, braços abertos ele se entrega nele.
Ele sabe o que o antecede, ele sabe onde falhou, ele confessa aos ventos os seus erros e medos. Estes crescem em segundos, sem misericórdia, com desdém. Observam-no de cima, murmuram e assobiam. Fazem sombra nos seus areais incandescentes, fazem pesar nos seus ideais efervescentes. Ele sabe, agora, que a culpa é sua, que também ele podia errar.
Mestre de seus areais confia nos seus ideais e profere a verdade, a que sangra da sua boca e lhe cai nos areais: Eu não padeço de ti, eu padeço por ti, eu não morro por ti, eu vivo para ti, se tu te ergues a mim, eu não me rebaixo por ti, eu ergo-me por mim. Tu és o mal de que eu sofro o mal que procuro, o sofrimento necessário à vida e a eterna dádiva. Separados somos mortais, mas juntos, somos imortais, portanto cai sobre mim e diz-me onde errei.
Tu és o amor e eu somente sou o dono do teu esplendor.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Concha de fingir by Scentless
Encontro razões para viver,
Onde toda a morte é mentir
E não posso adormecer…
Vejo o mundo de fora,
Por entre escamas de aço
É sempre a mesma hora,
Protejo-me só do que faço…
Aguardando a minha vez,
Encostado ao centro eu tento
Arrepender-me do que não se fez
Nessa pérola de fingimento,
Que me induz em reflexão,
Concha livre passa a teia,
Será que sabes ou não?
Porque eu não faço ideia…
Qualquer que seja o sentido
Dessa dor que passou
Mas poderia ter sido
Quem quer que fosse o que eu sou…
Passa-me o sentimento passado
Que se torna em futuro,
Enquanto vivo isolado
Dentro da concha, no escuro.
Parece que adormeci
Nos braços da minha concha de sorte,
Agora, farto do que não vivi
Preciso de alguém que me acorde!
(Vivendo na ilusão,
Por vezes a vida é mais real,
Os olhos só veêm o normal,
Mas deixam escapar a razão…
Essa…Essa é do coração)
domingo, 17 de outubro de 2010
Mirror by The Untold (desenho) & Scentless (texto)

Reflexo brilhante
Se há luz no espaço,
Outrora penetrante,
Agora só baço…
E então o que faço?
Se preciso de conselhos,
Sei onde tenho de ir,
Sei quem tem de dizê-los
Quando me esqueço de sentir,
Ou não me lembro de mentir,
Tais conceitos fazem-me rir,
Se de diferente não têm nada,
E se eu nunca conseguir,
Usa os teus vidros de fada
E melhora o que há-de vir,
E se vejo o eu de agora,
Retiro as marcas do passado,
Vejo quem fui outrora,
Pela vergonha fui apanhado
E só me resta ir embora…
Espelho lindo, espelho meu,
Liberta a minha mente,
Tal reflexo só pode ser teu,
Parece que um espelho também mente,
Porque este não posso ser eu…
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Morte (Salvação ou pesar) by Scentless (texto) e The Untold (desenho)
Morte…
Arrasta-me pelo chão,
Inerte, contra vontade,
Ou leva-me pela mão,
Em direcção à liberdade,
Eu não te acho repelente,
Mas se um dia me rebelar,
Faz-me o que fazes a toda a gente,
Faz o meu coração parar…
Se uns te acham miserável
E que vens sempre antes do tempo,
Para mim és incontornável
E é sempre certo o momento,
Abraçado ao gume despido
Dos sentimentos às sementes,
Foice que sussura ao ouvido,
Corpo em que só o sangue é quente,
Às portas do infinito,
Celebra a pobre alma,
O Céu pode já não ser mito,
Mas Céu também não é calma!
Caminha no Limbo estreito,
Vê a silhueta nunca indefesa,
De capuz negro e ossos com defeito,
Mas dentro colecciona as mortes da presa,
Numa lápide marcada a giz,
Retornei ao mundo o que era seu,
Terra esconde o que Deus não diz,
Que sozinho nasceu e sozinho morreu…
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Psicanálise em verso by Scentless
Por saber de mais não saberás,
Ouço o grito de revolta
Mas não olho para trás,
Pois se são ecos do passado,
Tempo sem que tempo tivesse tido,
Chove, molha no molhado,
Pensa, perde qualquer sentido.
Versos soltos são o meu abrigo,
Refúgio secreto mas conhecido
De quem quer sentir conforto
Ou só em mim quer estar perdido,
Abrigo de uns, túmulo de outros…
Penso palavras, invento ideias
De um mal padecido e agora contado,
A tinta é o sangue das minhas veias,
O gosto é reconhecível no asbtracto…
De transparência absoluta
Mas mesmo asbolutamente!
Só para a mente mais astuta
É que nada é transparente,
É baço como a loucura!
De querer gritar e não poder
Se para tal não é única a cura,
É escrever, ou morrer…
O que me apetecer!
Meu estado de alma é onde não estou,
Cada toque sabe-me a facada,
Eu sei que só sou o que não sou
E só eu sei que não sou nada!
sábado, 9 de outubro de 2010
Rotina by Scentless
Renuncia ao estatuto de monotonia,
Essa rotina que tanto dilacera o peito,
Mas da qual só prescinde quem não tem mais um dia.
Percorrendo sempre os mesmos espaços,
Indiferença perante janelas que de flores se adornam,
Tantas vezes já vi os mesmos traços
Que até estátuas as pessoas se tornam…
Agarrando o previsível desesperadamente
Até a morte nos bater à porta,
Se profano algo digo conscientemente,
E Deus não diz nada, logo, não se importa…
Depois de acordar é que se começa a viver,
Todo o segundo se torna banal
Até se ter esse pequeno prazer
Que é a tua saudação matinal…
Só uma coisa me custa admitir,
Que na minha vida mais não há
Do que andar para te sentir
E morrer quando não estás lá…
Pois adivinhem quem não está!
E a rotina de repente não vale nada,
E ao ver a esperança esmagada
Sempre temos o dia seguinte…Então vá…
Chegou a altura de deixar esta onda,
Por retrospecção desta jornada absurda
Em que se vê que a estrada ainda é longa
E a vida, essa, é curta…
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
No Soalho Manchado, by The Un{told}
Passo atrás de passo num passado manchado.
No silencio deambulava, uma questão que perdura, se é pura a duvida posta pelo vestido púrpura.
Se é justo e justificável, se te manténs fiável e amável. Culpado foge à sua culpa, mas ele não foge à sua dúvida, se não será a culpa só sua.
Ainda incondicionado, escreve a mágoa que não chora, e amaldiçoar o tempo, que o faz ponderar se chegou a sua hora.
“Naquela noite, na chorosa noite, em que a hora se adiantava juntos paramos a corda, prometi-te meu corpo e alma meu sangue meu tudo.”
Esta distancia do que provou, uma coisa certa dentro dele ficou, que de tão pouco e de tão longe este amor durou e durou, amor que ainda hoje não cessou.
Precipitado e impaciente, com as melhores intenções deixou escapar as melhores emoções.
O teu corpo abraçar, teus lábios beijar e no teu peito se refugiar, no teu batimento escaldante, se sentiu acolhido e protegido, amado.
Agora ao frio e desprotegido, molhado, e envergonhado ele reconhece ter errado, cá fora agora vê o que de lá dentro não podia, o porquê de se ter apaixonado.
Estendido sobre o céu estrelado,
Pintado com lágrimas, agora molhado,
No leito da dúvida derrotado.
Um jovem apaixonado.
sábado, 2 de outubro de 2010
Final Kiss on A Cold Stone Called Bliss at the Gates of Closure by The Un{told]
- Cold Stone Called Bliss
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“Aquilo que és, tem o seu peso
Como arma justificada
Cegamente apontada
É usada com preconceito e medo”
“De balas forjadas
Com palavras abençoadas
De livre direito e arbitro
À razão e coração apontadas”
Vermelho arrojado de um amor debotado.
Dos seus lábios só sangue seco escorre, de feridas que nem o tempo foge.
Existência esta, queria amar e viver, agora não consegue perdoar, este anjo amaldiçoar por todo o seu amor tirar.
Um ser certo como qualquer outro, embalagem defeituosa e à qual o amor faltou e a que uma amargura não lhe custou, em sonhos e lamurias e questões se afundou, mas nela se encontrou, um ser novo, cartilagens de esperança e ossos de fé era um homem novo, num mundo onde já mais podia ter pé.
Das escadas desceu, com o seu véu o estremeceu, súbita e repentinamente pensou que este anjo pudesse ser só seu. No seu ventre sentia-se quente e acolhido, zumbia um inverno dorido, mas não passava somente de um Tolo Esquecido.
Seus atributos mantinham-no ocupado e distraído, enquanto emaranhado e amarrado, era explorado.
Era mantido naquela teia, numa luxúria eloquente abastecido de ilusões ardentes.
“- Desceste em mim, de trapos gloriosos no entanto rasgados, esquartejados pelos ignorados resultaram arcadas para em visão nua e crua observar tua pele colorida e despida, que visão magica a de esses trapos no teu corpo tão pesados e esboçados, de um tecido banhado em falsidades e vaidades, quase como tu, ousados e intimidastes ambos o são, à que combinação tão majestosa. “
Alimentado com uma venda diante dos olhos sequestrada, sem algemas ou esquemas, era simples e natural, que homem não cai na doce e reconfortante tentação e de sentir um corpo como o dela, suave e exuberante, lento à face do tempo, como se sempre jovem?
“Não podia já mais
Deixar de apreciar
Um corpo nu por acariciar
Fase a tais desejos carnais”
“Um pena como sobre mim,
Cadeia um peso notável
De ti uma luz inigualável
De um vestido pesado de cetim”
Seus olhos em ti caiam, enquanto os imperiais ventos zumbiam ao teu encontro, que encanto, como te manténs inerte e firme perante o tempo com esse manto humano. Um anjo pelas mãos dos ignorados mestres forjado, pelos seus progenitores amado, de uma linhagem infértil, que só com a essência e um tolo bastardo nasceu, de sangue e suor apodreceu ao ver as asas bater, morrer.
Uma existência assombrosa, ao lutar e sacrificar uma vida por algo nobre que mais tarde apesar de amada e respeitada, ser considerada duvidosa, é o resultado do peso em mãos finas e mesquinhas.
“- Quando teus braços com suas mangas rasgadas me acolheram com a sua imensidão eu podia ver, o transepto preenchido de tatuagens de relevo, o desejo, os portais, para jamais teu corpo poder imaginar. Um transepto tão belo e clássico como a propaganda do dito inocente no espeto.”
Muitos tolos já caíram nas tuas graças, explorados, violados, roubados de suas vidas, seus sonhos e desejos. Como mulher, hipócrita és, submeter os tolos como animais aos teus desejos carnais, por ti, carregarem os espelhos das tuas ilusões, por ti se submeterem ajoelhados perante os teus reflexos babados na Rosácea, com os sonhos estilhaçados. De olhos molhados, escorrem rios de duvidas e de porquês, agora sabem o porquê de não se comprar sempre ao mesmo freguês.
A tua proximidade com os céus não foi deixada ao acaso, uma divindade inquestionável era necessário, para e também impressionar aqueles que de lá longe para que pudessem ao observar não duvidar, do quanto longe com essas asas chegas-te, num mundo de pecadores e sonhadores.
Elas batem, à pois batem, como pedras no soalho gastam, de mãos armadas com ferramentas trabalhadas, movimentos acentuados de chicotadas sem marcas vão buscar armas a outras camadas, de cá de cima de onde traça faz raça.
Arte representar e ensinar, apontamentos antigos uma arte de elevar aos céus, através da tua razão e imensidão ilusão. Requintada sustentas a ilusão, imagem carnal de conceitos e leitos suspeitos, uma fachada idealizada e respeitada.
Guardiã dos valores espirituais e morais.
Qualidades invejáveis as tuas com o dom da palavra de ensinamentos escolásticos.
Pois onde chegas-te é de admirar, mas teus erros sublinhar pois já são mais do que uma mão possa contar, e desse modo não se podem deixar de evitar.
“Nas tuas mãos chapinhei
Como peixe feliz respirei
Como homem te amei
E como peixe não pensei”
“Eloquentemente vivi
À custa de ti que nunca devi
Mas contigo vi e senti
O que nunca quis, mil febris.”
“- Nas arcarias, não te bastavam as aias, mas eram também reis e lordes, não te bastava, gula sem fartura tinhas de prova de tudo, o teu ventre saciar, um bordel alimentar, com xulos a cobiçar e acompanhantes como tu a chatear.”
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- Final Kiss
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Quando em vale de lençóis, um calor depravado pois sois como mil sóis. Nua e crua a mim te entregaste gasta e rasgada, mas eu cego, e embaraçado, sentidos nublados.
Teus orifícios, cantos e recantos explorar para a minha fome matar pensei. Não podia já mais prever onde me ia meter.
Desprotegidos e desinibido, mergulhei de cabeça sem pensar, naqueles vales por explorar dei uso à Machete para cortar mato, em perigos eminentes andei descalço dado como um chamariz, em vez de cauteloso e atento, nariz empinado e orgulhoso.
“- Caminhou em pegadas apagadas de caminhadas passadas, caminho como evidência de crimes esquecidos pelo tempo e apagados pelo mesmo”
O meu corpo sobre o teu com a tua vontade sobre a minha, uma disputa viciada, tremia minhas mãos, desamparadas, revoltadas.
Aéreos na sua estrutura, sua função, receberem o meu peso, o peso que é das minhas mãos, nas abobadas nas suas nervuras e naqueles que se projectam de maneira irreal a alturas vertiginosas.
A tua posição tão aberta e estável, tão sensual e invejável, quase sobre contrafortes.
Naqueles que se afirma se projectando me perco, me entreténs, como duas luas hipnotizantes, no céu estrelado sobre as nuvens e todas as estrelas cativantes.
Pinto o céu molhado, as nuvens chovem e tu molhada, pingas e pingas atrás de pinga e pinga.
Estas pingas, escorrem pelas vastas abobadas, deixando-as escorregadias, lubrificadas.
Nervos e relevos fazem escoadas culpadas, meu ceptro seco fica regalado e eriçado.
“- Comportamentos do lado da razão, dizias, justificados pela palavra, rias-te, pelo que é justo e correcto nesta terra, murmuravas, as questões manchadas eram te apontadas, dispersavas, enquanto a ele te agarravas e nele sugavas e chupavas.”
Respiração, quente ao meu ouvido, sussurros comichosos e molhados, faziam arrepio pela espinha e ossos, estes pesados e fracos. Recordações de um passado atrasado, de pernas curtas e braços largos, cansado.
Quando tinha de aguardar, sentia-me perdido, sem voz, surdo e mudo num mundo confuso, sem uso. Esquecido no meio dos encontrões à espera nos degraus, frente aos portões. Deambulava ao silêncio de mãos no peito, em repouso estendido, confinado no escuro e nas sombras, olhos regalados e ensanguentados, secos do tempo a tremer de medo.
Por perguntas colocar sem respostas possíveis dar, depressões aos ombros com sem faces visíveis, todo o redor infectado crianças e bebes manchados. Ruas frias e estreitas de simetrias, sem faces frente a frente, sombras no escuro faziam eco no silêncio, onde a traça zumbe se faz raça, faz comichão e dói mas não se pode coçar, bem tentei e falhei.
“ - Onde o amor falhou como o mundo que o abandonou, a mágoa e dor não lhe custou, neles se encaixou e repouso como criança amamentada do seio das sobras da escumalha.
- Enquanto nua e despida a rua estreita e severa, numa subida acentuada e molhada, ele rastejava, acompanhado somente pela mágoa e água que o encharcava, fazendo o pouco que vestia mais pesado e cansado.
- Naquele dia, um como não outro, ele chegou ao fim da rua, e sobre ele um anjo desceu, tu armada e de espadas carregadas cravas-te as tuas garras numa presa ferida, onde já havia rasa e muitas traças.”
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- Gates of Closure
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Teus lábios molhados toquei e com os meus cruzei, mordi e puxei para mim faminto. Queria sentir a tua palavra molhada, essa língua perturbada, sentir o teu julgamento no meu corpo.
Enquanto descias impiedosamente, desalmadamente, marcavas um vasto rasto molhado e babado. Era um julgamento, uma prova para ela, do meu sabor, do meu valor.
Palavras de uma polaridade certa de dois lados de espadas erguidas de uma batalha por chegar, um final ainda por testemunhar.
Nos meus peitos roçaste essa cobra sensual, no meu ouvido sibilaste e nas minhas virilhas te entrelaçaste como um ritual um banquete para te saciar. O eterno julgamento é húmido, e desinibido, desprovido e faminto.
“Olhos presos em veneno, feridas lambidas e sussurros de metileno. Que me custa, tu dado e apanhado, nestas teias de saliva, ingénuo às unhas que te rasgavam a pele e que te acariciavam.”
Esboçado com timidez, frontal, e reconhecido pela sua rigidez, entre declives acentuados redondos e depravados. Invisto de cabeça erguida, com as mãos despidas afasto os declives.
Entre a simetria reconheço uma baixa volumetria.
Canal de uma via antecedido, agora uma excepção.
Um portal em sombra, só nele em sussurro entra os que da sombra vêem.
Meu desejo este, de explorar cada canto, agora explorar este manto.
“Normalmente esquecido, humidificado e moribundo, não é oferecido pela pouca decência, é poupado e pouco procurado.”
Deitada, respiração sem compaixão, a um ritmo exuberante faz batida perante estas paredes em que o eco confessa as suas acções.
Estes meus olhos perante esta visão nua não conseguia ver nada mais se não ternura, um corpo sem amargura.
Mostraste-me o caminho, nas linhas da frente carregavas a artilharia e nas linhas de trás abria espaço à mercadoria e preparava-a para entrar pela simetria acima.
Abriste o canal, sem medo ou mal eu entrei sem olhar marchei marchei.
Condições estreitas e calorosas, cá fora no tímpano, braços carregados a maços de tecido como se carregasses o dito convicto como em memória.
Acompanhados e amados, tolos e culpados como eu, dados e com o tempo descartados.
Questões colocava, o que levara um rei a ajoelhar-se? Não é um rei digno de se manter imóvel ao espaço e ao tempo contínuo? Seria então Luís VII mais um tolo esquecido, deleitado na tua cama, explorado, manipulado e esvaziado no teu útero?
“Tuas influências, sem limites, tuas pernas abertas, de uma acústica rústica, eco surdo e mudo.
Ignorado mestre, não dum qualquer, um Cónego no puder virava-te do avesso ao anoitecer. Tuas linhas tecer, teus valores esquecer de coser, e num plano de fundo, com tesão aliviar a pressão.”
Com ela senti, mil sois, em mim uma força inconsumável, de veras, indomável.
Por e ao entrar naqueles vales, quentes e acolhidos, de paredes pintadas e gastas, de odores culpados, de um branco choroso às paredes de um portal vaidoso.
Ainda me recordo, seis austeros firmes e convictos, depravados e sucintos à espera da recepção da bênção e coroação.
Alimentar-se da minha natureza, a minha essência, para me deixar cativo e faminto, e dessa forma obter mais um tolo esquecido.
Tinha entrado e por muito que forçasse a saída á muito que fechada, mas forçar foi algo que não fiz, na altura regalado, não quis.
“Num beco, preso inconsciente, um ar frio e seco faz arremesso ao seu redor, não é de veras suficiente para fugir das ameaças que cessam para além das Rosáceas. Curioso é, que a luz que te ilumina e te identifica, que o indicou aos teus pedestais na procura de certos, correctos e convictos ideais nunca o abandonou muito pelo contrário, da tua presença sempre o salvaguardou.”
Finalmente tinha encontrado um local tão belo e apaixonante, com um realismo acentuado e um vasto volume corporal. Fui recebido e agora no berço, no seu útero estava livre, protegido e recolhido, mas acima de tudo iludido.
Continuei como ela queria, guiado pelos seus movimentos era ditado e dissecado consoante os seus desejos e enriquecido com juramentos para a eternidade.
Um erupção eventualmente era de esperar, enquanto que ma puxavam para fora com movimentos de fricção, portanto era inevitável, não me guardei, não pensei, não hesitei …
No auge, num patamar superior, observados, eu benzi-a com tudo o que tinha de mim, dentro de mim e logo a seguir foi coroada e, como agora na presença de uma divindade reconhecida, eu cai deliberadamente dás mãos que tanto me prometeram não me largar.
Naquele momento de maior fraqueza e vulnerabilidade em que o passado não teve piedade e as minhas mãos agora manchadas com a verdade, após anos sem maldade, uma alma já castigada e punida, culpado por os mandamentos quebrar e por aos sem face faces dar cair outra vez ao fundo muito lentamente, sem conseguir respirar.
“Perdera os seus privilégios e já não era visto como merecedor mas antes como um tolo pecador, sendo o seu único pecado, nesta ultima vida, o conforto não questionado, a ingenuidade deliberada.”
Ao cair de volta à rua que subira, os portais que trespassara e violara não esboçavam feições de prazer e lazer com quem no pecado andara, agora rir pareciam, sem remorso.
"É uma história de amor, um amor inocente e demente, um carinho meigo e quente desprotegido e carente.
“Uma fé como não outra, uma devoção cara e com juros. Uma tentação de descarregar nela os nossos pesos e medos, uma luxúria uma sensação de liberdade, uma melodia de vaidade para ouvidos surdos só.
Como erro em geral, uma lição tirar, umas portas abrir outras fechar, caminhos passados não esquecidos mas outros seguir.
Ela não te pode segurar nem amar, de uma passado já confrontado e abraçado, sobrou uma traça do terraço, uma infestação quase vencida prova-se desinibida e invicta.”
“É uma historia de amor,
Por aquela que só causou dor
No inicio, nestes dias frios um calor
No coração, amolecido, se fazia furor
No seu interior escondido no tempo um odor
Previa um final manchado, tantas esperanças num legado de terror.”
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Suspeito do costume by Scentless
Hoje fui algo que não quis,
Por entre os vidros, descalço,
Cuspo estes versos febris.
E se disse sinceramente,
Algo com que não concordo,
Mereci algo para sempre?
Porque já não me recordo…
Sinto o cérebro pesado
Desinibir-se timidamente,
Com imagens do passado,
Que não param, nem que tente…
Desconfia da confiança,
Agora por demais testada,
Nesta vida, ainda criança,
Ainda não se fez nada…
Não se duvida da verdade,
Enlouquecida de ciúme,
Pois se isso não é novidade
Mas um suspeito do costume…
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Romancista de Lágrimas- by The Un{told}
Pois o amor é eterno e incerto, questionável e indomável.
Trazem nos olhos a moeda corrente, neste deserto seco e cedente, o sofrimento que carregam é suficiente.
É confrontado com lágrimas e pecados, tristezas e incertezas, é lhe apresentado a dor e a magoa, a amargura que tanto perdura neste corações que o procuram. Nas suas palavras procuram, reconforto, certezas e garantias.
Não lhes dá nenhumas.
Seus areais são manchados pelos vestígios de pegadas e choros, rastos de actos questionáveis e medonhos, mas nunca julgados, pois não pode um simples espectador respirar o mesmo ar que um actor em sofrimento e dor. As suas palavras não têm cara nem expressão, os mantos da vida jamais despidos, sua cara incógnita e tapada, é isolada.
O que lhes dá é a verdade, onde erraram no passado precisam de saber para consolidar o presente. Porque todos respiramos amor e ternura, mas poucos sabem a quem o devem e quem o merece, pois o amor é incerto.
Todos procuramos alguém para partilhar a brisa da manha a solidão da noite e a respiração junto ao rosto meigo e tranquilo, todos tememos a solidão, a nossa escuridão.
O toque dos lábios nos nossos, aqueles olhos gulosos, o calor e a emoção a devoção e a paixão, as mãos inquietantes que procuram afogar a saudade com tremenda ternura e ferocidade. A excitação que nos percorre nas veias enquanto a corrida pelos vastos lençóis acaba e os trapos descem, num momento luxuoso e regalado. Quando como num berço expostos, desta vez juntos, entrelaçados encaixados num.
A necessidade de partilha do que é nosso, o eterno sacrifício, a nossa chave.
Aqueles dedos nos nossos, nos lábios por beijar quando somente se consegue pensar: Como posso eu já mais deixar de te amar?
E quanto ao toque, a indomável saudade de ter nos braços todo aquele amor e esplendor, explorar os seus cantos e recantos, os movimentos de dois corpos em simultâneo, coordenados por uma só força, um só amor, aquele que os prende e acorrenta.
É vontade de prender e agarrar sem machucar ou enforcar, até por vezes complicado porque um espaço entre corpos não pode sobrar.
O regalo que nos faz sorrir mais uma vez, quando proferidas as palavras, aquelas palavras …
As palavras que muitas vezes cuspidas por lábios feridos e secos, que só procuram alguém que lhes possa lamber as feridas.
Mas amar é a capacidade de empenhar, de sacrificar de dar e sem certezas apostar naquela pessoa como a eterna paixão, com quem passar até o caixão os separar e na barca, a meta final, contar para as moedas de ouro trocar para ao barqueiro pagar,e o caronte testemunhar as pagas de alguém amar, quando na sua escura fria barca entrarem, raios quentes iluminarem a madeira despida e gasta.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Immortal by Scentless
All the demons left inside
They won’t hurt,
They won’t bite,
They won’t bring the pain again,
But they won’t take it away,
SCISSORS!
In melted flames!
RAZORS!
Erase the name!
And I’m sick
Of all the baths I took in bleach,
And I ran,
But they came to get me again,
And I watched,
But the incision’s not made right,
And they cut,
And I bleed, and I die!!
In all this mess,
Return some of my bones,
Then go pray!
Then go home!
But don’t return to me anymore,
I can’t care less of what once was before…
ANESTHETIC!
Relieve me, no matter the cost,
PROSTHETIC!
Try to reclaim what’s not even lost…
And I’m sick
Of all the baths I took in bleach,
And I ran,
But they came to get me again,
And I watched,
But the incision’s not made right,
And they cut,
And I bleed, and I die!!
Can you face for once your immortality?
Didn’t declare no war, but doesn’t that makes us enemies?
For in shame, I crawled back in the hole I once came out of
And reclaimed my own place in the world,
NOT TOO MUCH, BUT ENOUGH!!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Assassin by Scentless
Innocent, she believes in me,
Metaphorical Scent of disease,
Regardless of whom I tried to be...
Dead by the hands of a mistaken assassin,
Still, she claims what she was not,
The hunter became what the hunted has been,
An image of ignorance behind the roots of a thought.
Experience is worth for what we are now,
Lifeless and cruel, casting a doubt,
Over the wings of the choices we once approached,
But that's not what I saw, that's what I was told...
Dead by the hands of a mistaken assassin,
Still, she claims what she was not,
The hunter became what the hunted has been,
An image of ignorance behind the roots of a thought.
May the metal of your arms
Be my last empty grave,
For against your believes
Nothing's stronger than hate,
Just relieve this empty shell
Of all I once drew,
Because for all that I did
I'm no better than you...
terça-feira, 1 de junho de 2010
Vague portrait of a death wish by Scentless
Then when you told me that
Lizard stones and blissful winters
Belong to the past…
Never let the pain unveil
The hypocrisy in your eyes,
Grey shades of what used to be
The power to decide!
Long for something to inhale
So eager for the rush,
Been a phantom of my gossip,
Trade it for no trust.
I close my eyes and see it clearly,
The polluted aura of your death,
And right below that crooked halo,
There’s something that you never wished to have…
Hear a ring inside my head,
That tells me if it’s now,
Time to forget, be forgotten,
Actions hold me down,
Live my life without the fear,
Of something growing out
Of my chest and grab me by the echoes
And then drown me down…
So burn me and all my instincts,
If they can trouble you,
Have your vengeance, enjoy the moment,
Because I’ll be coming back soon…
I close my eyes and see it clearly,
The polluted aura of your death,
And right below that crooked halo,
There’s something that you never wished to have…
In heaven they ask me how was life here,
Bring me the head of the one who annoys you the most,
Foretold a future not so bright for some,
So irritant, the peasant with two heads instead of one,
But I know how some can react,
When they see a treasure in a dusty old map,
And though some may seem suspicious,
The careless don’t ever suspect the trap…
I close my eyes and see it clearly,
The polluted aura of your death,
And right below that crooked halo,
There’s something that you never wished to have…
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Last step (inspirado em The Mars Volta) by Scentless
The lies where it boiled,
The surface of the crater
Is no longer a matter of choice…
The rash made my skin start to melt,
Torn the muscle in my chest,
And the spider logged inside my brain,
Has started to grow a nest…
My heart belongs to dreams,
And to the one that makes me dream,
Within a blink of a blinded eye…
And as I take a step in a fake attempt to try,
It lasts so little before you start to burn,
And in this world when it’s time to survive,
It’s no man’s land, and everyman’s turn…
I hope, when I’m invincible,
That I don’t have a throne,
Because if I share it with anyone,
Will it stand on its own?
And if you call the stars,
And create a hole, so thin…
I’ll be able to breathe some fire,
So that I can fill it in…
Your whispers make me dream,
Until I can’t stand to dream,
And have a sleep so pure…
And as I take a step in a fake attempt to try,
It lasts so little before you start to burn,
And in this world when it’s time to survive,
It’s no man’s land, and everyman’s turn…
I jump to breathe,
I cut to bring it in,
Enslaved, suffering,
Breathing, again, and again…
And as I take a step in a fake attempt to try,
It lasts so little before you start to burn,
And in this world when it’s time to survive,
It’s no man’s land, and everyman’s turn…
terça-feira, 27 de abril de 2010
Fortune by Scentless
Can I cut your face with my smile?
And as I escape the trap that is your mind,
With pleasure, your teeth grind...
People of a world that no longer exists,
Keep telling me how I should live,
And so I became a hopeless slave,
Of a word in which I no longer believe…
Everything’s burning, please stay inside,
No regrets are a proof of denial,
I’ll taste your blood if you taste mine,
And we both can stay alive…
Angels of a heaven that no longer cares,
With wings rotten by corruption,
Killing whoever defies or dears,
To extinguish the eternal flame in the ocean…
Why can’t we just stop breathing?
Invisible wires connect you,
Play with a scissor to stop living,
I feel the rush, do you feel it too?
Misery in a soul that no longer loves,
Devastated by the loud bells announcing death,
Clearing the way for those who deserve,
Sweat and tears of the battle mark the path…
Do you think she was ready to go?
Yes, but not for the test,
Do you think she’s made of gold?
She’s made of hypocrisy at best…
And I came in advance,
For the end of it all,
For when fortune appears,
It soon begins to fall…
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Dark by Scentless
There’s only darkness overcoming the apparently peaceful halo in my soul,
Darkness only disrupted by the deep roar of a distant thunder,
Followed by a shiny lightning, announcing the storm,
Announcing the change that can, and must happen,
The first cloud starts to cry, and its tears penetrate in the calm of the dark lake,
Others soon follow, creating an aura of mist around the transparent water,
It’s a warning for me to take shelter, so I can escape the rain, that burns,
Burns my skin with its touch, burns my ears, with its interference in the silence,
Burns my nose, with its scent of mystery, burns my eyes, blurring my vision, so that I can’t see nothing besides it,
And I soon go to my so-called home, nothing more than ashes over ashes that still cover my head when it rains, and so I wait…
Dark,
As I watch the strange phenomenon that with its simple action can cause so much damage without even knowing,
I pray that I can keep my precious silence for some more time,
And as the rain stops, I look to the dark hole that is the sky, in search for a rainbow that I know in advance that just won’t come,
Only a reflection of my human nature, searching for a light that I know that doesn’t exist, only to find disappointment instead,
I come out of the shelter and see if it’s peaceful again outside, and there’s no sound,
No rain, no thunder, only the calming sound of the absorbing silence and of death awaiting, for every breath that slowly comes out of my burned lungs,
All like it should be, except for a beam of light that paints the sky, with its seven colors majestically dancing before my eyes, in a process that became familiar over the time, but now it was something different,
The light seemed more present, like it should never fade away, but of course, it disappeared, leaving me with despair to comfort my numbed soul,
So, I kept walking, just waiting,
Dark,
Sitting in a grey heart-shaped rock, the only trace of color (even if it’s vague) on this island that is my mind, I think of death, and how its embrace would give me the silence that I so desperately seek, and that I so desperately reject when it’s right before my eyes,
My eyes, once lifeless, only two brown rocks pending in a white ocean, after the rainbow relived and now, even close to blind, they search for that drug, that powerful hallucinogenic that satisfies my need for silence with brightness instead,
And so I realized I had become nothing but an addicted for silence and for light, and surprisingly, it doesn’t bother me,
Wrapped in my thoughts, I don’t watch the lake suddenly turned violent and the waves galloping along the shore, in my direction,
Only when the motion suddenly changes, becoming quiet and satisfied, I realize that something’s missing,
I try but I can’t hear anything, I can’t hear the most soothing sound in the world, I can’t hear the silence, replaced by shadows, but only for an instant,
Soon, the shadows die around me, only to return the silence and something even more precious, the light, the comforting light that my eyes seek so desperately, to drink from it, to bathe in it,
And then, followed by change, I stop waiting...
The silence ends, my heart beats again, and someday I'll die, but I don't mind...
segunda-feira, 22 de março de 2010
Skinhead by Scentless
Alguém passa com desconfiança,
Seu nome perdeu-se no tempo,
Nessa altura ainda uma criança,
De cabelo rapado por protesto,
Com corpo que há muito não crescia,
Olhos de um azul profundo,
Mas por detrás algo morria,
Insultos gritados das varandas,
Por ser pobre em bairro abastado,
Com veneno selado na boca,
E consciência de ser filho não desejado,
Encontrou o repouso na ponta do cigarro,
Encontrou a esperança no açúcar de rua,
Por viver sem vontade já não se preocupava,
Pois a vida que vivia já não era a sua,
E passeando sem desejar por entre o gozo,
E aos gozões esticando o dedo,
A resposta sempre pronta e igual,
“De filhos da puta nunca tive eu medo”,
E pouco a pouco encontrou a salvação,
Nesse óasis resplandescente que é a loucura,
Pois se o veneno é a tentação,
Então ele tinha encontrado a cura,
Fechado para sempre nessa concha,
Acalmado pela sua consciência,
Para nunca mais despertar desse sono,
Desse turpor causado pela demência,
Até ao dia em que o sol brilhou mais forte,
E a sua vida ganhou mais cor,
Encontrou-a por entre a multidão,
E impaciente, colheu-lhe uma flor,
Aceitando-a, nele acendeu a luz,
Mas curta foi a sua duração,
A flor foi atirada ao chão e espezinhada,
E assim foi também o seu coração,
Sentindo-se traído, chorando lágrimas amargas,
Se ninguém no mundo o aceitasse,
E se tudo o que ele queria era um abraço,
Então a morte que o abraçasse,
Colhendo o frio da lâmina áspera,
Um rosto desconhecido para sempre desapareceu,
Rejeitado pelo mundo, agora e para sempre,
Por desdém viveu, e por amor morreu…
segunda-feira, 15 de março de 2010
Palavras sem sentido by Scentless
De palavras sem sentido,
Das de quem não fala,
E apenas faz ruído,
Mas a verdade é que eu não morri,
Apenas andei perdido,
Mas pergunto: “Darias pela minha falta,
Se tivesse morrido?”
Acordei, exausto,
Como se nunca tivesse dormido,
E a alegria que senti,
Como se nunca a tivesse sentido…
E porque não se sente?
Essa ilusão, de dentro,
O coração, diferente,
Nessa fracção de momento…
E eu não vou seguir,
Alguém que não existe,
E de repente uma brisa
Sopra com o seu tom triste,
E mesmo que me pedisses,
Eu não iria,
Prefiro esperar aqui, ansiando
Pelo toque de uma mão sempre fria,
Desejando com rancor,
Pedir para deixar de ser,
Pois se o amor está vivo,
Então eu prefiro morrer…
E porque não se sente?
Essa ilusão, de dentro,
O coração, diferente,
Nessa fracção de momento…
Deprevismo Rosado- by The Un{told}
Pinto um rasto de saliva, tracejado, no teu corpo magoado, enquanto procuro o que quero, não tenho pressa, já te tenho.
Tu tremes, sentes e mordes-te, prevês o inevitável, o que anseias o que pretendes, conhecer a minha natureza com a tua. Pelos seios passei e contornei, remexi e mordi, desci e desci ....
Os dedos marcham primeiro, impetuosos, impiedosos, não escapa nada. Chego às ancas, redondas e perfeitas, macias, os dedos saboreiam em primeiro lugar cada centímetro, cada milímetro.
Chupo e chupo e saboreio e saboreio, com fervor e sem favor o teu umbigo, não tenhas pressa já lá chegamos.
Enquanto que as mãos ocupadas brincando com as tuas nádegas perfeitas e simétricas observo os teus olhos despidos que me confirmam o que queres, o que eu quero, o que nós queremos, deprevismos sem compromissos.
A língua, desce o regalo desta é tanto, a pele torna-se mais macia, mais pálida, mais tímida, os dedos descem um pouco e contornam as tuas virilhas, até sorriem, as tuas pernas.
À espera à espera à espera
Ela bate, ela bate, ele bate
Impaciente, Impaciente, Impacientes
Chega
Chega eles dizem, agarram-te as pernas e abrem-tas à procura do cálice da vida, o Rosado, para que a língua possa beber dele.
A língua não tem pressas, mas com tempo lá chega ao botão.
Tu tremes, tanto que tu tremes, as tua unhas perfuram os lençóis, com fúria e prazer, e eu que ainda mal comecei.
Uma bela rosa, com os seus encantos e regalos, cobiçada, amaldiçoada, violada, desejada, ambicionada e magoada. Sozinha, assustada, respirando e ansiando. A língua contorna, abusa, retira tudo do botão, morde lambe chupa morde lambe chupa morde lambe chupa e tanto que desfruta.
Os dedos ciumentos não se contentam, esfomeados por te tocar vão ao prato principal. Passam os dedos pelo Rosado, ficam húmidos, não se atrevem a entrar a procurar a esgravatar, ainda não. Vão dar à língua a provar o sabor da tua humidade, e estes húmidos, cavalheiros da sua natureza abrem as portas ao cálice. Disputam entre si pelos escolhidos, a pisar a terra sagrada, lei da sobrevivência, os maiores ganham.
Vão 3
Penetram tuas defesas de cabeça erguida para alcançar a terra esquecida.
Tu demonstras o teu agrado, mais uma vez contorces-te toda reviras os olhos, mãos esticadas, pele corada.
É uma indecisão, a de estes escolhidos, que não sabem onde ficar, lá dentro ou cá fora.
A língua demande, a língua exige, um canal desimpedido. Os dedos dobram-se à sua cede, e esta seca da tua pele, mata a cede no teu cálice.
A sua cede é insaciável, inesgotável, imperdoável mas desejável. É a gula e a luxuria na sua convivência.
Lambe todo o rosado, a tua rosa, a tua jóia mais preciosa. Somos húmidos, fios de saliva pintam uma teia, a nossa doutrina.
As tuas mãos, agarram a minha cabeça, com garras fazem-me festas brutas e impulsivas.
Subem e descem, a força vêm a força vai-te, mas eu vou e vou.
Contrariada tem de sair,a língua, não é a única com fome, e com curiosidade para entrar nesses vales de maravilhas.
Estou sobre ti, olhos nos olhos, a tua respiração é fogueante, dou-te um beijo puxado pela língua para esta confraternizar com a tua, mais um fio de saliva.
Com os teus olhos nos meus, conheço as tuas mãos quentes e despidas em mim, enquanto que me puchas para dentro de ti. O ceptro nu e orgulhoso, manejado por ti, conhece as portas do teu vale, toca-lhes bem, e entra, por um fundo corredor com fervor e sem favor.
Por aqui ficamos, é agora, a meta do nosso conto, que acaba, somente quando, conhecido um prazer carnal final, pintamos o canal.
Natureza por natureza, carne por carne, prazer por prazer, é assim que deve ser, a rainha de nosso senhor, a dama de fervor do nosso esplendor.
domingo, 14 de março de 2010
Retrato de uma Paisagem Comum- by the Un{told}
Com um par de cornos caminham cegamente
Balbuciando ilusões alegremente
Procuram pastagens verdes e água
Riquezas e grandezas
Para saciarem a sua magoa
E fundarem suas impressas
Um verde inocente e belo
Passa para um verde corrompido
Usado para trocas materiais, fachadas carnais
Para encerrar memorias de um local já esquecido
Grandiosas verduras
Transformam-se em duvidosas infra-estruturas
Que se estáveis como o seu génio por detrás
Destinadas a seguir o seu rumo estão
Por regra levando muitos cabritos pelo caminho.
Uma realidade crua e verdadeira, um sem expressão de nome gula
É a necessidade de dono de tudo ser para de tudo ter, quando nem donos de tão pouco como um sorriso verdadeiro conseguimos ser.
É a pose do que não pode ser domado, que uma vês revoltado não pode ser contrariado.
Um vento rude e bruto
Apaga o murmuro e os sussurros
De uma paisagem iluminada pelos sonhos
Estilhaçados de uma manada de sonhadores
O sol se mostra, incide e bate
Queima furiosamente gloriosamente
Está mal disposto, pois como não pode?
Perante a visão do pecado e da morte
Sem culpa ou pena aparente
A água acorda, se revolta
Traz-nos a sua face mais devastadora
Uma vez calma e serena de grande tolerância e grandeza
Agora indomável e inconsciente intolerável e magnificente
Tapa o sol por minutos, o desejo de muitos, para dar a beber ao mundo o seu julgamento.
A terra fala, tudo se cala
Seu silêncio é tomado como certo, é tímida e envergonhada
Mas o peso às suas costas é tão grande, é demasiado para suportar
Portanto voz às suas acções ela tem de dar, quando esta fala, todos choca, a todos chega
A todos controla.
É um resultado inevitável, um futuro previsível
Muitos procuram o Oásis, uns proclamam quase lhe tocarem
Para quê? Para o terem e verem-no passar pelas mãos do industrialismo e do consumismos?
Se não se aprende com os erros de que nós serve errar?
Blood on the waves by Scentless
All of the rejects came out to play,
Never giving thanks or saying they're sorry,
Living different lives, but walking on the same way,
Used to laugh a lot to make it seem he was happier,
They never realized he was dying inside,
My obsession never seemed healthier,
Using my denial to kill time...
There's blood on the waves! On the waves! On the waves!
Getting through it all to reach the greater good,
Writing angry letters to never send,
Change our life and leave in a boat made of wood,
Got us stuck in an island with a skull for a friend,
Ressuscitated by a kiss in the moment,
All of the flowers started to smell nicer,
No more tears to keep filling the ocean,
Look into your eyes so I can stare at myself...
There's blood on the waves! On the waves! On the waves!
Cut my wrists so I can watch them heal,
Reflects in the mirror before it breaks,
Never again will I ask before I kill,
Is it so wrong to look back and see only mistakes?
Blood on the waves! On the waves! ON THE WAVES!
Oásis by Scentless
Que veio do nada,
Um beijo inocente
Simula a facada,
De uma sombra com asas
Veio o mundo mal feito,
Atravessando a estrada
E amando por defeito...
Era tão bom que o teu sorriso durasse para sempre!
Alegremente!
Diz quem sabe que vou dizer o que sinto à tua frente!
Nem que só tente!
Uma praia sem luz
E um sol que não arde,
A noite já não seduz,
É demasiado tarde...
Tenho a noção que ninguém vive para sempre!
Eternamente!
Não temo a morte, mas conto os dias!
Secretamente!
Uma noite sem toque,
Uma vaga emoção,
Mas por entre os recortes,
Nasce a sensação...
Espera pela brisa suave no meio do deserto!
Está a chegar!
Espera pelo óasis de vida, está tão perto!
Já lhe consigo tocar!!
O que é um Sorriso- by The Un{told}
Não é um sorriso, mas sim aquele sorriso.
É uma paz de espírito, é uma harmonia problemática, é uma imagem bonita, é um retrato emblemático.
É uma arma que não custa, mas a quem muito custa, é a infinita munição apontada ao coração para que este fuja à razão.
É a arma apontada ao meu peito, é a condicionante marcante, é a minha força e o meu desprezo, o desejo e a minha fraqueza, é a indiferença que marca uma grande diferença, a estúpida incógnita.
É reconfortante e inquietante, o seu emprego, o seu fundamento eu procuro, é a esperança porque luto ou a Ilusão porque sofro ?
É o que tu me dás para me reconfortar é a cortina onde te escondes, sozinha e magoada, é a magoa no reflexo da água.
É o golpe baixo e injusto, mas que eu procuro a cima de tudo.
É a esperança ou a Ilusão, num coração magoado ou num coração amaldiçoado?
Num coração com destino ou num coração esquecido, tu marcas o teu desejo sem pensar no seu peso.
É o que escondo bem cá no fundo, como um defunto para não te por no mesmo plano de fundo que este defunto moribundo.
Reflexos Moribundos
O blog vai portanto ter como objectivo o da exposição de textos, poemas, letras e todo o tipo de expressão textual para posterior análise e criativa por parte de outros utilizadores.
Esperemos que gostem!!