terça-feira, 12 de outubro de 2010

Psicanálise em verso by Scentless

Por cada palavra apedrejado,
Por saber de mais não saberás,
Ouço o grito de revolta
Mas não olho para trás,

Pois se são ecos do passado,
Tempo sem que tempo tivesse tido,
Chove, molha no molhado,
Pensa, perde qualquer sentido.

Versos soltos são o meu abrigo,

Refúgio secreto mas conhecido
De quem quer sentir conforto
Ou só em mim quer estar perdido,
Abrigo de uns, túmulo de outros…

Penso palavras, invento ideias
De um mal padecido e agora contado,
A tinta é o sangue das minhas veias,
O gosto é reconhecível no asbtracto…

De transparência absoluta
Mas mesmo asbolutamente!
Só para a mente mais astuta
É que nada é transparente,

É baço como a loucura!
De querer gritar e não poder
Se para tal não é única a cura,
É escrever, ou morrer…
O que me apetecer!

Meu estado de alma é onde não estou,
Cada toque sabe-me a facada,
Eu sei que só sou o que não sou
E só eu sei que não sou nada!

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