Palavras proferidas.
Tanto abrem como fecham feridas.
Em alturas de angústia, de rebeldia ou euforia
Cuspimos sinónimos e dialectos de mentiras
Num mundo de ilusões, fantoches e fantasias
"Assim é que eu, nas tuas palavras me perdia
Assim é que eu, nas tuas palavras me embebia"
Como um sorriso, uma palavra, uma verdade
Não deviam estes padecer de vaidade
Pois o que é para ser dito é, nem que seja maldade
"Assim é que eu, nas tuas mentiras caia
Assim é que eu, das tuas mentiras vivia"
Mas as palavras não devem ser temidas
As palavras deviam ser honestas e destemidas
Realçar o amor ou sublinhar a dor
Mas nunca difamar o seu verdadeiro valor
Pois o que é, verdadeiro tem de ser
Pois vivemos neste mundo por uma razão
E mentiras só difamam, encobrem o coração
Numa linha suposta recta, com curvas, fazem nos perder
O sentido
O suposto passa a pressuposto e mesmo este
Fica contido.
Mas jogamos e apostamos
Sem pensar que tudo arriscamos
Em dialectos infiéis
Dá-mos a mascara
Ás próprias pessoas que amamos
Que mundo é este, em que custa esperar
Uma honestidade uma verdade sem pesar
A brisa da manha com gume
Momentos quentes vazios
Beijos em lábios secos
Toque frio e desamparado
Porque é que devemos nós ser forçados
A pensar se somos ou não,
Em vez de sermos simplesmente Amados?
As acções deviam falar por si, provar no coração
A razão, o sentido, a verdadeira Intenção.
Mas as palavras, fazem tudo mais fácil
Mais rápido, mas simples, mais frágil.
Pois uma vida pensada não é aproveitada
Uma vida pensada não é amada.
O mais "profissional" que já li. Não está tão fantasioso, embora os mais fantasiosos sejam mais típicos da tua forma de escrever. Good job!
ResponderEliminarObrigado.
ResponderEliminar- The Un{told}
Sabes que adoro como tu escreves. Adorei lê-lo, mais uma vez.
ResponderEliminarUm beijo enorme!
Obrigado :), igualmente.
ResponderEliminar- The Un{told}