À deriva pela febre de só mais um toque,
Dividido em partes iguais, como em partes do mesmo Deus,
Regressa ao que sabes, num gesto de fé sem sentido,
Agora, protegido de tudo, só o nada me mata por caprichos seus…
Desvio-me, no ar, da minha dor…
Agora estou sem valor…
Olho-me no reflexo da chuva que nunca chegou a cair,
Passo noites sem fim num povoado isolamento,
Excluído de farsas, por representar demasiado bem,
Se amanha ainda for dia, vou encontrar-me no teu pensamento…
Verdades interditas a mentes abertas
Por não descerem à Terra quando estão fartos de voar,
Simbolizam a medo folhas de um outono precoce
Quando a alma primaveril ainda está só a começar,
Em combustões incertas apago as dúvidas,
Que por mais memoráveis que sejam nunca duram até ao fim,
Falhas são sempre falhas, independentemente da loucura
Ou do grau de incertezas fixas para sempre dentro de mim…
Destinam-me à fogueira acesa da ignorância,
Já sinto o cheiro do fumo numa visão demasiado perto,
Para sempre o primeiro, eterno visionário azarado,
Põe a cabeça na forca a questionar o que era certo…
Sem comentários:
Enviar um comentário