quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Concha de fingir by Scentless

Nesta concha de fingir
Encontro razões para viver,
Onde toda a morte é mentir
E não posso adormecer…

Vejo o mundo de fora,
Por entre escamas de aço
É sempre a mesma hora,
Protejo-me só do que faço…

Aguardando a minha vez,
Encostado ao centro eu tento
Arrepender-me do que não se fez
Nessa pérola de fingimento,

Que me induz em reflexão,
Concha livre passa a teia,
Será que sabes ou não?
Porque eu não faço ideia…

Qualquer que seja o sentido
Dessa dor que passou
Mas poderia ter sido
Quem quer que fosse o que eu sou…

Passa-me o sentimento passado
Que se torna em futuro,
Enquanto vivo isolado
Dentro da concha, no escuro.

Parece que adormeci
Nos braços da minha concha de sorte,
Agora, farto do que não vivi
Preciso de alguém que me acorde!

(Vivendo na ilusão,
Por vezes a vida é mais real,
Os olhos só veêm o normal,
Mas deixam escapar a razão…
Essa…Essa é do coração
)

Sem comentários:

Enviar um comentário