domingo, 14 de março de 2010

Retrato de uma Paisagem Comum- by the Un{told}

Com um par de cornos caminham cegamente

Balbuciando ilusões alegremente


Procuram pastagens verdes e água

Riquezas e grandezas

Para saciarem a sua magoa

E fundarem suas impressas


Um verde inocente e belo

Passa para um verde corrompido

Usado para trocas materiais, fachadas carnais

Para encerrar memorias de um local já esquecido


Grandiosas verduras

Transformam-se em duvidosas infra-estruturas

Que se estáveis como o seu génio por detrás

Destinadas a seguir o seu rumo estão

Por regra levando muitos cabritos pelo caminho.


Uma realidade crua e verdadeira, um sem expressão de nome gula

É a necessidade de dono de tudo ser para de tudo ter, quando nem donos de tão pouco como um sorriso verdadeiro conseguimos ser.


É a pose do que não pode ser domado, que uma vês revoltado não pode ser contrariado.


Um vento rude e bruto


Apaga o murmuro e os sussurros

De uma paisagem iluminada pelos sonhos

Estilhaçados de uma manada de sonhadores


O sol se mostra, incide e bate


Queima furiosamente gloriosamente

Está mal disposto, pois como não pode?

Perante a visão do pecado e da morte

Sem culpa ou pena aparente


A água acorda, se revolta


Traz-nos a sua face mais devastadora

Uma vez calma e serena de grande tolerância e grandeza

Agora indomável e inconsciente intolerável e magnificente

Tapa o sol por minutos, o desejo de muitos, para dar a beber ao mundo o seu julgamento.


A terra fala, tudo se cala


Seu silêncio é tomado como certo, é tímida e envergonhada

Mas o peso às suas costas é tão grande, é demasiado para suportar

Portanto voz às suas acções ela tem de dar, quando esta fala, todos choca, a todos chega

A todos controla.


É um resultado inevitável, um futuro previsível

Muitos procuram o Oásis, uns proclamam quase lhe tocarem

Para quê? Para o terem e verem-no passar pelas mãos do industrialismo e do consumismos?

Se não se aprende com os erros de que nós serve errar?


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