Com um par de cornos caminham cegamente
Balbuciando ilusões alegremente
Procuram pastagens verdes e água
Riquezas e grandezas
Para saciarem a sua magoa
E fundarem suas impressas
Um verde inocente e belo
Passa para um verde corrompido
Usado para trocas materiais, fachadas carnais
Para encerrar memorias de um local já esquecido
Grandiosas verduras
Transformam-se em duvidosas infra-estruturas
Que se estáveis como o seu génio por detrás
Destinadas a seguir o seu rumo estão
Por regra levando muitos cabritos pelo caminho.
Uma realidade crua e verdadeira, um sem expressão de nome gula
É a necessidade de dono de tudo ser para de tudo ter, quando nem donos de tão pouco como um sorriso verdadeiro conseguimos ser.
É a pose do que não pode ser domado, que uma vês revoltado não pode ser contrariado.
Um vento rude e bruto
Apaga o murmuro e os sussurros
De uma paisagem iluminada pelos sonhos
Estilhaçados de uma manada de sonhadores
O sol se mostra, incide e bate
Queima furiosamente gloriosamente
Está mal disposto, pois como não pode?
Perante a visão do pecado e da morte
Sem culpa ou pena aparente
A água acorda, se revolta
Traz-nos a sua face mais devastadora
Uma vez calma e serena de grande tolerância e grandeza
Agora indomável e inconsciente intolerável e magnificente
Tapa o sol por minutos, o desejo de muitos, para dar a beber ao mundo o seu julgamento.
A terra fala, tudo se cala
Seu silêncio é tomado como certo, é tímida e envergonhada
Mas o peso às suas costas é tão grande, é demasiado para suportar
Portanto voz às suas acções ela tem de dar, quando esta fala, todos choca, a todos chega
A todos controla.
É um resultado inevitável, um futuro previsível
Muitos procuram o Oásis, uns proclamam quase lhe tocarem
Para quê? Para o terem e verem-no passar pelas mãos do industrialismo e do consumismos?
Se não se aprende com os erros de que nós serve errar?
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