Passo atrás de passo no soalho molhado.
Passo atrás de passo num passado manchado.
No silencio deambulava, uma questão que perdura, se é pura a duvida posta pelo vestido púrpura.
Se é justo e justificável, se te manténs fiável e amável. Culpado foge à sua culpa, mas ele não foge à sua dúvida, se não será a culpa só sua.
Ainda incondicionado, escreve a mágoa que não chora, e amaldiçoar o tempo, que o faz ponderar se chegou a sua hora.
“Naquela noite, na chorosa noite, em que a hora se adiantava juntos paramos a corda, prometi-te meu corpo e alma meu sangue meu tudo.”
Esta distancia do que provou, uma coisa certa dentro dele ficou, que de tão pouco e de tão longe este amor durou e durou, amor que ainda hoje não cessou.
Precipitado e impaciente, com as melhores intenções deixou escapar as melhores emoções.
O teu corpo abraçar, teus lábios beijar e no teu peito se refugiar, no teu batimento escaldante, se sentiu acolhido e protegido, amado.
Agora ao frio e desprotegido, molhado, e envergonhado ele reconhece ter errado, cá fora agora vê o que de lá dentro não podia, o porquê de se ter apaixonado.
Estendido sobre o céu estrelado,
Pintado com lágrimas, agora molhado,
No leito da dúvida derrotado.
Um jovem apaixonado.
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