Dedos, dedos, descem, dedos tocam, dedos mostram e sentem, percorrem a tua perfeição,descem, tocam. Ditam o caminho à língua húmida e despida. Olhos regalados tiram-te tudo o que tens, não és de ninguém és somente aquilo que tens. Estes comente enquanto te despes, inocente e envergonhada.
Pinto um rasto de saliva, tracejado, no teu corpo magoado, enquanto procuro o que quero, não tenho pressa, já te tenho.
Tu tremes, sentes e mordes-te, prevês o inevitável, o que anseias o que pretendes, conhecer a minha natureza com a tua. Pelos seios passei e contornei, remexi e mordi, desci e desci ....
Os dedos marcham primeiro, impetuosos, impiedosos, não escapa nada. Chego às ancas, redondas e perfeitas, macias, os dedos saboreiam em primeiro lugar cada centímetro, cada milímetro.
Chupo e chupo e saboreio e saboreio, com fervor e sem favor o teu umbigo, não tenhas pressa já lá chegamos.
Enquanto que as mãos ocupadas brincando com as tuas nádegas perfeitas e simétricas observo os teus olhos despidos que me confirmam o que queres, o que eu quero, o que nós queremos, deprevismos sem compromissos.
A língua, desce o regalo desta é tanto, a pele torna-se mais macia, mais pálida, mais tímida, os dedos descem um pouco e contornam as tuas virilhas, até sorriem, as tuas pernas.
À espera à espera à espera
Ela bate, ela bate, ele bate
Impaciente, Impaciente, Impacientes
Chega
Chega eles dizem, agarram-te as pernas e abrem-tas à procura do cálice da vida, o Rosado, para que a língua possa beber dele.
A língua não tem pressas, mas com tempo lá chega ao botão.
Tu tremes, tanto que tu tremes, as tua unhas perfuram os lençóis, com fúria e prazer, e eu que ainda mal comecei.
Uma bela rosa, com os seus encantos e regalos, cobiçada, amaldiçoada, violada, desejada, ambicionada e magoada. Sozinha, assustada, respirando e ansiando. A língua contorna, abusa, retira tudo do botão, morde lambe chupa morde lambe chupa morde lambe chupa e tanto que desfruta.
Os dedos ciumentos não se contentam, esfomeados por te tocar vão ao prato principal. Passam os dedos pelo Rosado, ficam húmidos, não se atrevem a entrar a procurar a esgravatar, ainda não. Vão dar à língua a provar o sabor da tua humidade, e estes húmidos, cavalheiros da sua natureza abrem as portas ao cálice. Disputam entre si pelos escolhidos, a pisar a terra sagrada, lei da sobrevivência, os maiores ganham.
Vão 3
Penetram tuas defesas de cabeça erguida para alcançar a terra esquecida.
Tu demonstras o teu agrado, mais uma vez contorces-te toda reviras os olhos, mãos esticadas, pele corada.
É uma indecisão, a de estes escolhidos, que não sabem onde ficar, lá dentro ou cá fora.
A língua demande, a língua exige, um canal desimpedido. Os dedos dobram-se à sua cede, e esta seca da tua pele, mata a cede no teu cálice.
A sua cede é insaciável, inesgotável, imperdoável mas desejável. É a gula e a luxuria na sua convivência.
Lambe todo o rosado, a tua rosa, a tua jóia mais preciosa. Somos húmidos, fios de saliva pintam uma teia, a nossa doutrina.
As tuas mãos, agarram a minha cabeça, com garras fazem-me festas brutas e impulsivas.
Subem e descem, a força vêm a força vai-te, mas eu vou e vou.
Contrariada tem de sair,a língua, não é a única com fome, e com curiosidade para entrar nesses vales de maravilhas.
Estou sobre ti, olhos nos olhos, a tua respiração é fogueante, dou-te um beijo puxado pela língua para esta confraternizar com a tua, mais um fio de saliva.
Com os teus olhos nos meus, conheço as tuas mãos quentes e despidas em mim, enquanto que me puchas para dentro de ti. O ceptro nu e orgulhoso, manejado por ti, conhece as portas do teu vale, toca-lhes bem, e entra, por um fundo corredor com fervor e sem favor.
Por aqui ficamos, é agora, a meta do nosso conto, que acaba, somente quando, conhecido um prazer carnal final, pintamos o canal.
Natureza por natureza, carne por carne, prazer por prazer, é assim que deve ser, a rainha de nosso senhor, a dama de fervor do nosso esplendor.
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