domingo, 6 de março de 2011

Janela by The Un{told}

Habito era olhar pela Janela, que este ainda hoje não perdi, outrora por curiosidade, hoje por pena, amanha por um mau habito de que ontem me esqueci ... ver o mundo em que cresci a ser levado por tudo o que perdi quando cegamente questionava o mundo em que nasci.

Perdemos tempo a ponderar sem questionar se o que perdemos voltamos a ganhar, quando passamos o tempo sem resposta dar aos sem expressões que nos miram em fogo cruzado no peito, no leito amado ...

Sem realizar ou sequer tentar, ver que este em que vivemos é o mesmo em que morremos, deambulamos contra a maré no escuro em nome de uma fé. Que a paisagem manchada de ontem seja uma imagem passada, que o peso conhecido seja hoje desconhecido, que a dor oferecida seja removida, que o passado seja perdoado ...

Patético, como se tudo fosse um dado ...

Por preguiça ao alpendre vidramos os olhos na cobiça, nenhum contentamento só defeitos apontados, como se perante uma paisagem de uma só cor nos encontrassemos emaranhados. Mas como ela que aponta defeitos sem os tentar corrigir com feitos, prega maldições ao mundo, aquele que a recebeu no seu leito e lhe deu as sensações

É recompensado com ingratidão.

No entanto o tempo é perdido, passando despercebido é eventualmente esquecido quando pelos olhos pesados é adormecido a frente de esta Janela, em que a paisagem nublada é bela. A questionar, a ignorar e a criticar o passamos, sem esforçar a vista observamos e observamos ... que o mundo em que vivemos é o mesmo em que morremos, quando se pelo menos nós tivéssemos esforçado, preocupado e lutado, muito provavelmente o teríamos mudado.


Portanto vivemos e vivemos
Em espera da mudança
Após a tempestade, a bonança
Quando nada fizemos para a merecer
Eventualmente morremos, sem a ver, sem a ter

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