quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vulto de destruição by Scentless

A música penetra-nos no cérebro como uma infusao destilada
De propósito para nos fazer sentir sem saber como nos sentir,
À medida que ecoam vozes na minha cabeça a gritar
“DANÇA! DANÇA!” e eu descubro o prazer do silêncio frustrado,
Procurado somente por aqueles que fingem viver,
E eu vejo alguém que nos movimentos leves me provoca,
Respira o meu ar, sabendo que vais desaparecer em breve…
Sombra etérea afia a ponta de um punhal,
Sem saber como, encontro-me a fugir,
Vultos inexistentes propagam-se na minha mente
À medida que se torna maior a sombra que me segue,
Não é preciso ter olhos na nuca para saber que vou morrer,
Não e preciso ter juízos de valor para saber o que é correcto,
Não conto ter um relógio se souber sempre o tempo certo
De cada atitude premeditada de prioridades invisíveis,
E corro, parado…

Eu só não quero olhar para trás!
(as minhas mãos dizem mais do que eu sinto)
Eu só não quero olhar para trás!
(ausente da essência que torna puro o momento)
Eu só não quero olhar para trás!
(os meus olhos dizem mais do que eu sinto)
Eu só não quero olhar para trás!
(só sinto a falta de quem adormeceu)
Eu só não quero olhar para trás!
(a minha boca diz mais do que sinto)
Eu só não quero olhar para trás!
(EU NÃO SINTO NADA!)
EU SÓ NÃO QUERO OLHAR PARA TRÁS!!!

PÁRA DE ME MATAR!
E a sombra não pára…
Desaparece, mata-me mais um pouco…
Rosto esquecido num vulto perdido…
No final, olho sempre para trás…

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