Sopra o ar e vive para sempre!
Nada do que dizes está bem,
Teu corpo avarento já não me dá luz,
Perde esse dom de sentir dor
Como um ruído sem som que o teu ser produz,
Não me peças mais do que eu quero ser,
Por entre as almas há espaço para mim,
À mágoa invertida chama-se prazer,
Parto do chão...
E chego ao fim!
Ama o que fazes, animal que és,
Calor impreciso de mãos a arder.
Suave o tecido que a chama tinge,
Da cor desse sopro, já gasto de ouvir,
Dança e mente que não te sentes bem,
Inveja é feia, mas ciúme não é,
Neste amor de neve onde faz frio,
Para gostar...
Sinto-me vazio.
Esses olhos já mentem por mim,
Que saudades de estares amarrada,
E ser livre nessa ilusão errada
E seres lua,
Por entre copos vazios de nada,
Esses romances de capa estragada,
Sabes a sal e a beijos amargos,
Imagina o preço de voar!
E a gostar...
Chega-se ao fim.
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