sábado, 18 de agosto de 2012

Fim by Scentless

Sopra o ar e vive para sempre!

Nada do que dizes está bem,
Teu corpo avarento já não me dá luz,
Perde esse dom de sentir dor
Como um ruído sem som que o teu ser produz,
Não me peças mais do que eu quero ser,
Por entre as almas há espaço para mim,
À mágoa invertida chama-se prazer,
Parto do chão...

E chego ao fim!

Ama o que fazes, animal que és,
Calor impreciso de mãos a arder.
Suave o tecido que a chama tinge,
Da cor desse sopro, já gasto de ouvir,
Dança e mente que não te sentes bem,
Inveja é feia, mas ciúme não é,
Neste amor de neve onde faz frio,
Para gostar...

Sinto-me vazio.

Esses olhos já mentem por mim,
Que saudades de estares amarrada,
E ser livre nessa ilusão errada
E seres lua,
Por entre copos vazios de nada,
Esses romances de capa estragada,
Sabes a sal e a beijos amargos,
Imagina o preço de voar!

E a gostar...

Chega-se ao fim.

sábado, 11 de agosto de 2012

Monstro de Solidão by Scentless

Eu vi nascer
Algo melhor, algo que se perdeu em ti,
Em formas imprecisas
E eu gostava tanto do meu canto de escuridão,
Além de força,
Eu vi-me nascer...

Monstro de solidão...
Em meu corpo de luz...
Monstro de solidão...
Em meu corpo...

Num quarto frio
Entre amor que se faz,
Já perdi a conta
Aos sítios em chamas para me abrigar,
E entre olhos vendidos
Eu juro que eu serei só mais um...

Monstro de solidão...
Em meu corpo de luz...
Monstro de solidão...
Em meu corpo...

Ainda vou ser
Esta loucura consumida a partir de dentro,
Olhando para trás, com esperança,
Já devia saber que não se faz...
Foi um dia teu,
Por entre acasos de papel e raiva,
Agora quero dormir,
Mas já sou inimigo da escuridão,

Monstro de solidão...
Em meu corpo de luz...
Monstro de solidão...
Em meu corpo...

Se esquecer é matar
E matar é perder,
Então perder é amar,
Porque amar é morrer...