Beleza, suavidade, conflito agridoce, porque que me persegues?
Com esses olhos, rosa carmim, que me enlouqueces?
Melodia como de encantar, em cada homem caminhar, um traço rosado a desbotar ...
Como deambulo em tua direcção, como me ofuscas o coração?
Questões te ponho,porque fujo à razão?
Num misto de sons, sou cativo, misto de questões nestas em que vivo ...
Como me recebes, numa mão uma caricia noutra uma arrelia?
Encarapuçada és uma deusa rebaixada ou uma farsa disfarçada?
A tua razão, tua motivação faço questão, uma resposta ao meu coração.
Para que não sofra de todo o mal que é, o desejo, a ânsia, a devoção, excitação de emoção.
Um jogo aguçado, por palavras usado, a sussurros se fazem uso, feitiços de amor e terror.
Feitiços em que me jogo, sem pensar no que aposto.
Dou por mim cheio de vazio, para teu esplendor meu sacrifício.
Um andar de cortesia, de uma beleza que fasquia, uma figura, uma razia.
Devastas traços quebras laços, em território hostil és destruição, assolação.
Como numa batalha, te lanças, erguida, diante de mim te ergues nua e desinibida.
De joelhos suaves, tímidas e singelas que pernas belas.
Equilibrada te mexes, como quem sede à sedução, numa dança suave mexe a anca como quem clama atenção.
Ohh tu, que me fizeste? Que me enfeitiçar-te, a mim sol e tu lua, porque me amaldiçoas-te?
A viver no horizonte vidrado, a questionar a distancia desse corpo alado.
Não perdoo a visão,a vela estendida indefesa, provocadora, sedutora.
Enquanto os seus peitos expiram e inspiram e os seus seios cativam numa canção, o belo som da sua respiração.
Deitada, repousada, olhos carentes, corpo sedente
Desejada visão, anseia pelo toque, pela emoção, que de joelhos clame perdão.
Pelo rastilho que levou a esta tensão o meu sangue em mim, dentro de mim.
Numa corrida de euforia, pelo teu toque, tua doce infâmia.
Na calçada ela jaz encarapuçada, em jogo aberto, seu corpo sua arma, seu sorriso seu escudo preciso.
És criatura, fera magoada que viras-te as costas à ternura? De garras aguçadas pelas paginas de vida rasgadas.
Contam uma historia selvagem de actos molhados, lágrimas de amargura?
Memórias de pilhagem, abusos e furtos, uma colheita de frutos hediondos.
Ohh tu, porque tens de te fechar, não é o teu corpo que quero explorar mas o teu coração amar.
Pois sou humano, embalagem defeituosa, como tal propicia há dor de te ver silenciosa.
Para ti sou mais um tolo, tolo por te amar, por te tentar mudar e por a ti me afeiçoar.
Pela dor e tristeza, posso ser só mais um, mas como este não há nenhum.
muito bom! gosto especialmente como caracterizas a humanidade no fim e te distancias dela.
ResponderEliminarAdoro!
ResponderEliminar"(...) pearled Luna what spell didst thou cast on me?"
ResponderEliminar("A Gothic Romance [Red Roses For The Devil's Whore]", Cradle of Filth, Dusk... And Her Embrace, 1996)
Sim, está um bom texto, mas ficou mais "meloso" e dramático do que o "esboço". Talvez referencie estes pormenores porque estou numa fase mais rude da minha escrita. Um conselho: tenta não cingir-te apenas à tua idealizada figura feminina quando escreves, pois torna-se monótono. Tenta explorar pet-hates, por exemplo.
Good writing!