À deriva pela febre de só mais um toque,
Dividido em partes iguais, como em partes do mesmo Deus,
Regressa ao que sabes, num gesto de fé sem sentido,
Agora, protegido de tudo, só o nada me mata por caprichos seus…
Desvio-me, no ar, da minha dor…
Agora estou sem valor…
Olho-me no reflexo da chuva que nunca chegou a cair,
Passo noites sem fim num povoado isolamento,
Excluído de farsas, por representar demasiado bem,
Se amanha ainda for dia, vou encontrar-me no teu pensamento…
Verdades interditas a mentes abertas
Por não descerem à Terra quando estão fartos de voar,
Simbolizam a medo folhas de um outono precoce
Quando a alma primaveril ainda está só a começar,
Em combustões incertas apago as dúvidas,
Que por mais memoráveis que sejam nunca duram até ao fim,
Falhas são sempre falhas, independentemente da loucura
Ou do grau de incertezas fixas para sempre dentro de mim…
Destinam-me à fogueira acesa da ignorância,
Já sinto o cheiro do fumo numa visão demasiado perto,
Para sempre o primeiro, eterno visionário azarado,
Põe a cabeça na forca a questionar o que era certo…
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Viagem by Scentless
Sem tirar do perigo original
Toda a sua magia, ofuscando
A mágoa insensível derivada do sentimental,
Esferas infinitas giram-me na mão,
Rodando pelo infinito, aladas
Como gelo que arde sem qualquer sensação…
É nisto que penso que devia ter pensado
Menos em ti, menos em mim e mais no vazio,
Saudade terminada pelo corpo esfaimado
Cria atritos sem sentido, onde o que resta é so o frio…
Persiste na mente entendida a ver
Com um só olho que por vezes é demasiado,
Contendo fogo em mim mas sem querer arder…
Só um segundo demais para lembrar
Que um dia houve chama que não teve medo de si
E na memória do instante pode ter chegado a brilhar…
São só histórias que me contam para adormecer
Sem ter sonhos mudos em que vivos nos imagino,
Para sempre enlaçados, mas sem perceber
Qual o mistério que nos une sem as cordas de um destino?
Saudade, inexistente mas ao mesmo tempo brilhante,
Para sempre sentida só por não te ver,
Ou por te ver como uma fracção de um só instante…
Observo pelas rachas do chão molhado
Um só adeus, nunca mais consentido
Até que a sombra o torna o final agora memorizado…
E para sempre na estrela guia,
Não tão claro como à luz do dia,
Mas sim desfeito numa tela desfocada do horizonte,
Viajantes do espaço eleitos,
Pela vontade de ficar perfeitos,
Sem interessar perturbações, na minha bala jaz a fonte…
Descansando à sombra da lua, miragem…
Mas qual é a tua?
Origem da passagem…
Toda a sua magia, ofuscando
A mágoa insensível derivada do sentimental,
Esferas infinitas giram-me na mão,
Rodando pelo infinito, aladas
Como gelo que arde sem qualquer sensação…
É nisto que penso que devia ter pensado
Menos em ti, menos em mim e mais no vazio,
Saudade terminada pelo corpo esfaimado
Cria atritos sem sentido, onde o que resta é so o frio…
Persiste na mente entendida a ver
Com um só olho que por vezes é demasiado,
Contendo fogo em mim mas sem querer arder…
Só um segundo demais para lembrar
Que um dia houve chama que não teve medo de si
E na memória do instante pode ter chegado a brilhar…
São só histórias que me contam para adormecer
Sem ter sonhos mudos em que vivos nos imagino,
Para sempre enlaçados, mas sem perceber
Qual o mistério que nos une sem as cordas de um destino?
Saudade, inexistente mas ao mesmo tempo brilhante,
Para sempre sentida só por não te ver,
Ou por te ver como uma fracção de um só instante…
Observo pelas rachas do chão molhado
Um só adeus, nunca mais consentido
Até que a sombra o torna o final agora memorizado…
E para sempre na estrela guia,
Não tão claro como à luz do dia,
Mas sim desfeito numa tela desfocada do horizonte,
Viajantes do espaço eleitos,
Pela vontade de ficar perfeitos,
Sem interessar perturbações, na minha bala jaz a fonte…
Descansando à sombra da lua, miragem…
Mas qual é a tua?
Origem da passagem…
domingo, 19 de dezembro de 2010
Eu, Romancista, acordo by The Un{told}
Eu acordo, nas minhas mãos repouso, amolecido e perdido, vejo estas, mais uma vez de pele tecido, e ergo-me sem sentido. Vistos os trapos e os mantos da vida, que carrego como um fardo, para que a minha vida não seja mais do que um dado aproveitado e abusado.
Vejo-me encandeado, todas as manhas assombrado, quando cego deambulo, por este roubado passado. Não posso deixar de sentir uma estranha ligação a esta sensação que me ofusca no peito o coração, será a Inevitabilidade ou a simples verdade do que perdura nesta realidade?
Nestes areais minha pessoa caminhar
Dos prazeres abençoado desfrutar
Estes sobre a minha visão carregar
Os testemunhos daqueles que de mim tirar
Um ouvido para os escutar
E alguém para os ajudar
Sem ninguém, com quem o meu cargo partilhar, e um ouvido para me escutar …
Ou será, estes prazeres questionar, por ver uma luz que possa alcançar, quando tudo se submete a milhas e tudo é distante e sublime.
Depois de olhos cheios, de olhos cientes outrora dormentes, caminho sem cessar nestes areais por explorar, de uma beleza simples em que somente nestas podemo-nos contentar por saber que ainda temos muito que observar e desfrutar, que a vida não desperta do nada, mas que se aproveitada e observada, é nos revelada.
E no peito, neste coração, se enche de alegria, ao ver que ainda tenho muitos caminhos por tecer, que ainda os pólos tenho de conhecer, e agradecer. Os descobrimentos de feitos marcam as pegadas dos eleitos, daqueles sublimes que a vida venceram, que ao caminhar sem duvidar das suas crenças teceram o seu destino, o seu caminho. No final, alcançaram algo grandioso, e com alguém partilharam o seu prestígio glorioso, ouvidos os seus feitos por ouvidos curiosos foram.
Mas depois, é no peito, neste coração, que se enche de tristezas e melancolias, ao ver que muitos caminhos tenho por tecer e as pegadas junto as minhas já começam a desaparecer, com o tempo, jamais as conseguir ver, quanto menos ter, e é neste saber que magoa o coração neste peito. Ninguém para ouvir os meus feitos, ninguém para sublinhar o meu nome junto aos eleitos, ninguém com quem partilhar um simples olhar, ninguém com quem sonhar …
"Que junto a si somente tem os pólos que se abstêm e os seus areais em que bate sua sombra, a que a esta é um desconhecido. Ao seu destino acorrentado como uma testemunha que evidencia, que torna menos leves a escolha por que se rege."
Acompanhado pela sombra, que nada esquece, mas sombra esta que desconhece, e que por isso não faz considerações, a lua e a imensa escuridão que banha o meu coração ao pernoitar nestes areais sem uma luz por que me guiar, porque nestes passeios em que nada posso observar se não o simples facto de não ter ninguém para me acompanhar, ninguém para me guiar, ninguém com quem me deitar e repousar.
Um sem face de nome solidão, faz de mim seu servo pois ao seu lado devo caminhar sem cessar, sem tempo para repousar, reger-me pela minha escravidão.
A esta realidade a minha vida se entrega, numa demanda infinita direccionada, entrego-me ao meu jeito que deambula e procura uma razão, uma maneira de os meus feitos sublinhar e alguém para os escutar, alguém que lhes dê valor, um sentido, amor.
Vejo-me encandeado, todas as manhas assombrado, quando cego deambulo, por este roubado passado. Não posso deixar de sentir uma estranha ligação a esta sensação que me ofusca no peito o coração, será a Inevitabilidade ou a simples verdade do que perdura nesta realidade?
Nestes areais minha pessoa caminhar
Dos prazeres abençoado desfrutar
Estes sobre a minha visão carregar
Os testemunhos daqueles que de mim tirar
Um ouvido para os escutar
E alguém para os ajudar
Sem ninguém, com quem o meu cargo partilhar, e um ouvido para me escutar …
Ou será, estes prazeres questionar, por ver uma luz que possa alcançar, quando tudo se submete a milhas e tudo é distante e sublime.
Depois de olhos cheios, de olhos cientes outrora dormentes, caminho sem cessar nestes areais por explorar, de uma beleza simples em que somente nestas podemo-nos contentar por saber que ainda temos muito que observar e desfrutar, que a vida não desperta do nada, mas que se aproveitada e observada, é nos revelada.
E no peito, neste coração, se enche de alegria, ao ver que ainda tenho muitos caminhos por tecer, que ainda os pólos tenho de conhecer, e agradecer. Os descobrimentos de feitos marcam as pegadas dos eleitos, daqueles sublimes que a vida venceram, que ao caminhar sem duvidar das suas crenças teceram o seu destino, o seu caminho. No final, alcançaram algo grandioso, e com alguém partilharam o seu prestígio glorioso, ouvidos os seus feitos por ouvidos curiosos foram.
Mas depois, é no peito, neste coração, que se enche de tristezas e melancolias, ao ver que muitos caminhos tenho por tecer e as pegadas junto as minhas já começam a desaparecer, com o tempo, jamais as conseguir ver, quanto menos ter, e é neste saber que magoa o coração neste peito. Ninguém para ouvir os meus feitos, ninguém para sublinhar o meu nome junto aos eleitos, ninguém com quem partilhar um simples olhar, ninguém com quem sonhar …
"Que junto a si somente tem os pólos que se abstêm e os seus areais em que bate sua sombra, a que a esta é um desconhecido. Ao seu destino acorrentado como uma testemunha que evidencia, que torna menos leves a escolha por que se rege."
Acompanhado pela sombra, que nada esquece, mas sombra esta que desconhece, e que por isso não faz considerações, a lua e a imensa escuridão que banha o meu coração ao pernoitar nestes areais sem uma luz por que me guiar, porque nestes passeios em que nada posso observar se não o simples facto de não ter ninguém para me acompanhar, ninguém para me guiar, ninguém com quem me deitar e repousar.
Um sem face de nome solidão, faz de mim seu servo pois ao seu lado devo caminhar sem cessar, sem tempo para repousar, reger-me pela minha escravidão.
A esta realidade a minha vida se entrega, numa demanda infinita direccionada, entrego-me ao meu jeito que deambula e procura uma razão, uma maneira de os meus feitos sublinhar e alguém para os escutar, alguém que lhes dê valor, um sentido, amor.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Palavras que não fogem ao tempo by the Un{told}
Palavras proferidas.
Tanto abrem como fecham feridas.
Em alturas de angústia, de rebeldia ou euforia
Cuspimos sinónimos e dialectos de mentiras
Num mundo de ilusões, fantoches e fantasias
"Assim é que eu, nas tuas palavras me perdia
Assim é que eu, nas tuas palavras me embebia"
Como um sorriso, uma palavra, uma verdade
Não deviam estes padecer de vaidade
Pois o que é para ser dito é, nem que seja maldade
"Assim é que eu, nas tuas mentiras caia
Assim é que eu, das tuas mentiras vivia"
Mas as palavras não devem ser temidas
As palavras deviam ser honestas e destemidas
Realçar o amor ou sublinhar a dor
Mas nunca difamar o seu verdadeiro valor
Pois o que é, verdadeiro tem de ser
Pois vivemos neste mundo por uma razão
E mentiras só difamam, encobrem o coração
Numa linha suposta recta, com curvas, fazem nos perder
O sentido
O suposto passa a pressuposto e mesmo este
Fica contido.
Mas jogamos e apostamos
Sem pensar que tudo arriscamos
Em dialectos infiéis
Dá-mos a mascara
Ás próprias pessoas que amamos
Que mundo é este, em que custa esperar
Uma honestidade uma verdade sem pesar
A brisa da manha com gume
Momentos quentes vazios
Beijos em lábios secos
Toque frio e desamparado
Porque é que devemos nós ser forçados
A pensar se somos ou não,
Em vez de sermos simplesmente Amados?
As acções deviam falar por si, provar no coração
A razão, o sentido, a verdadeira Intenção.
Mas as palavras, fazem tudo mais fácil
Mais rápido, mas simples, mais frágil.
Pois uma vida pensada não é aproveitada
Uma vida pensada não é amada.
Tanto abrem como fecham feridas.
Em alturas de angústia, de rebeldia ou euforia
Cuspimos sinónimos e dialectos de mentiras
Num mundo de ilusões, fantoches e fantasias
"Assim é que eu, nas tuas palavras me perdia
Assim é que eu, nas tuas palavras me embebia"
Como um sorriso, uma palavra, uma verdade
Não deviam estes padecer de vaidade
Pois o que é para ser dito é, nem que seja maldade
"Assim é que eu, nas tuas mentiras caia
Assim é que eu, das tuas mentiras vivia"
Mas as palavras não devem ser temidas
As palavras deviam ser honestas e destemidas
Realçar o amor ou sublinhar a dor
Mas nunca difamar o seu verdadeiro valor
Pois o que é, verdadeiro tem de ser
Pois vivemos neste mundo por uma razão
E mentiras só difamam, encobrem o coração
Numa linha suposta recta, com curvas, fazem nos perder
O sentido
O suposto passa a pressuposto e mesmo este
Fica contido.
Mas jogamos e apostamos
Sem pensar que tudo arriscamos
Em dialectos infiéis
Dá-mos a mascara
Ás próprias pessoas que amamos
Que mundo é este, em que custa esperar
Uma honestidade uma verdade sem pesar
A brisa da manha com gume
Momentos quentes vazios
Beijos em lábios secos
Toque frio e desamparado
Porque é que devemos nós ser forçados
A pensar se somos ou não,
Em vez de sermos simplesmente Amados?
As acções deviam falar por si, provar no coração
A razão, o sentido, a verdadeira Intenção.
Mas as palavras, fazem tudo mais fácil
Mais rápido, mas simples, mais frágil.
Pois uma vida pensada não é aproveitada
Uma vida pensada não é amada.
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