domingo, 11 de outubro de 2015

Agloe by Scentless

We held on but we soon let go,
All the strings inside us broke,
We made a map of nails and skin,
Her flesh is stronger when not here,
Followed, distant secrecy
We're windows, so afraid to live,
The water tastes like her disease,

And she still looks me in the eye,
There's something worthy to see,
The warmth won't feel nice
When we've floated away for so long,

We locked the cars and we crossed our hearts,
Through paper razors the path is sharp,
She's heavy with sleep made poetry,
Won't be like when we imagined it,
She wrote of love and of nothing left,
The note smelled of escapes and red,
And she somehow meant to pick me back,

And she still looks me in the eye,
There's something worthy to see,
The warmth won't feel nice
When we've floated away for so long,

Between ideals and treacherous things,
I seemed to dream of her for years,
But still I hope to fuel belief,
It wasn't hard at all to leave,

And she still looks me in the eye,
There's something worthy to see,
The warmth won't feel nice
When we've floated away for so long

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Jellyfish by Scentless

Old room, small disguise, impostor,
We sit all but silent, these are our hearts,
Have you ever thought how beautiful you are?
I’ve lost the weight of water flowing under you,
The waves’ soothing ripple, crush,
But I hate myself too much,

And somehow I feel closer to you here,

You said “this moment will be gone, how will you remember it in a perfect way?”
But there is nothing that I would change.
I won’t let this be just another lapse of sentimentality,
It’s not right,
It won’t change,

And I seem to always remember your face,
And somehow I feel closer to you here,
It’s all the little things,

The cold that settled in,
The bones we drew ourselves,
To be left alone,
We’re not dreaming of this space anymore,
Sometimes I don’t sleep, you know,
I still hear the water reaching the shore,
And so we drink,
To be left alone,
And our skin is growing old,
Sometimes the music just can’t be wrong,
Sometimes is all about the growing apart,
Lend me that hand of yours,
And I still hear you say “that was truly wonderful”,
Eternal night still wouldn’t be enough,

“The waves belong to us”
My poetically rumoured sayings,
You hold my souvenir in your lips,
And I’m just a cigarette, burning,


But somehow, I feel closer to you here 

domingo, 12 de outubro de 2014

Cidade Morta by Scentless

Passageiro, diz-me quem trazes
De volta à guarda da mente trancada,
Se dormes em notas de falsas morais
Qual é a moral que trazes guardada?

Sinto o teu cheiro a papel e remorso,
Faço o ruído branco de quem não se move,
Louco o sentido de quem já não pode
E por querer sentir, quase que morre.

Sou decadente...

Portas são olhos por entre expressões,
São as coisas temporárias que nos põem de parte,
Quero esse avião a cair agora
E quero um corpo para rasgar em nome da arte.

Foi a minha fraqueza que não nos salvou
Das tuas cicatrizes;

E se me beijasses uma primeira vez verias
Que a recordação era cimento numa cidade de pele,
É o eco de uma dança que não salvou ninguém
É a forma como as mãos fazem padrões no céu,

Porque nós somos transparentes,
Somente estufas de fantasmas.

E se eu te leio os detalhes à meia luz
Quero que vejas o momento, descoberto,
Vandalizamos este corredor feito de fumo
E os teus lábios dão forma a um riso deserto,

E sangras por cada defeito familiar
Que eu nunca mudaria,
Desapareces por entre chamas
Com as páginas que eu lia,

Isto não é História,
Isto é só um jogo que nos mantém à parte.
Não são os nossos demónios que nos fazem nós,
É esta cidade que nos torna reais...



Mas já só gritas por vida
E para mim não há desculpa,
Fui eu que morri...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Lisbon by Scentless

I can see through the tough luck,
Do you still believe you’re pregnant when you sleep?
You hide your smile in your hair,
Now move along
And grin without a glance to spare,

I can steal through your loopholes,
Turning questions into reasons that you don’t identify,
And is it wrong to dance?
It may be, but you know we don’t rely,
So touch your side with your hands
And move heaven behind those eyes,

You make my heart shrink,
Love, you make my heart shrink,

And we’re not like a piece of art,
And I don’t want to miss you anymore
No, I don’t want to read your mind,
My God…

Because you make my heart shrink,
Yes, you make my heart shrink,

Look alive when we look close,
Seems too soon to be full of life,
But we don’t spare a thought tonight,
Oh we don’t care
About the meanings we ignite,
So move along to the next room,
Now you’re just another actress I don’t recognize,

And you make my heart shrink,
Love, you make my heart shrink,

And we’re not like a piece of art,
And I don’t want to miss you anymore
No, I don’t want to read your mind,
My God…

Because you make my heart shrink,
Yes, you make my heart shrink,

Let us die,
Because we look up when we should’ve drowned,
And I lost the pain, figured I’d be fine
But soon I realized it just didn’t mean to be found,


But today, my heart shrinks…

sábado, 20 de setembro de 2014

Amor Barulhento by The Un{told}

Hoje eu sei, hoje eu cuido
do passado, do presente,
eminente a todo o ruído,
procuro um futuro reluzente.

Encurralado e magoado,
me vejo confrontado,
qual o reflexo de um espelho estilhaçado?

A figura esta, está distorcida,
inerte e suja, despida ...
por questões, corrompida ...

É neste quadro bem delimitado,
não nas cores ou tons abatidos
mas nos pormenores esquecidos.

São nas pequenas pedrinhas,
nas que preenchem qualquer riacho,
que ofuscado e preso me acho.

Como que amarrado,
como que questionado,
se o futuro é nos dado,
ou algo pelo qual tem de ser lutado?

A incerteza é uma constante,
uma amalgama de situações,
que perturba os nossos corações.

Numa demanda por respostas,
sem saber por onde começar,
começo por em mim procurar
que questões colocar.

Ao me debruçar procuro
no sangue derramado
o rasto, as sobras do estilhaço …

Se foi da certeza e convicção,
que resultou esta aflição?

Se foi o pragmatismo
que me colocou neste abismo?

Quando ao recusar ver,
ceder, acabei por a perder ...

Sem eu próprio disso me aperceber …

Ou se antes ...
Ou se antes, uma realidade objectiva
como que irrealista, um destino masoquista?

Após todos os momentos em que a via rir.
Mesmo após todo o sofrimento e dor
eu sabia, que mais alto nos fazíamos ouvir
que qualquer feitiço de amor.

Apesar de tudo, jazes presente,
recordada, resguarda, por mim amada.
Em memória, todas as caricias:
De quando ainda me vias …
De quando ainda me sentias …´

Assim grito: que se lixe o pragmatismo …
Que se lixe o espelho, pintemos este de vermelho.
Arremessado, todo o reflexo que levou o romantismo.
Pois isto eu sei: este não é o fim com que me assemelho.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Refúgio by Scentless

Imagina-me cego, rumo por acidente,
Caminho sem saber o que me espera lá à frente,
Vago dom de adivinhação, sem esperança de estar lá e estou...

Se o teu medo é deserto, amor é água e pedra que bebes à espera,
Eu não sofro para o resto do mundo,
Mas meu amor, nem por um segundo eu deixei de sofrer,

Os teus olhos sem cor
Já não me deixam morrer.

Se não me deixares num frasco à porta,
Eu preciso de alguém para uma morte a sós,
Nós somos quem amamos e o muro está farto desta questão,

Porque o teu rosto está perto, não me peças um só traço sem que eu te vá rasgar,
Um abraço é um sufoco junto,
Que sem orgulho, é dor e eu não a provo para saber,

Sem ritmo, dançamos,
Neste tom só teu,

Refúgio vão nestas páginas amarradas,
De histórias inventadas por quem quer ser quem não sou,
E as letras falam por defeito
Em códigos a preto que não ajeito por ninguém,

Essa vida pobre a dois,

Já só me deixa viver.  

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Incandescência by The Un{told}

Contudo eu sei que ele amou, uma vida cheia de alegria, rodeado, em nós acreditou.
Privado e roubado, parecer manchado, de um passeio imaculado.
Contudo eu sei, contudo eu sei, que sozinho não caminharei
de mãos dadas, no verde estrelado, à sombra do que me é mais chegado.

Num ontem resguardado, aprecio o chilrear que hoje jaz quebrado.
O doce paladar da aragem, do conforto e do frio transtorno. 
Aguardarei, no soalho conhecedor do tempo, abastado de sol, chuva ou vento
de memória ao peito, com um sorriso sem jeito, feliz te recordarei como sempre te amei.

Figuro então hoje num quadro inacabado, não só, mas acompanhado.
Recordo-te bem, recordo-te mal, recordo-te sempre amado.
Por tudo e por nada, pelo todo que foste e és, obrigado.

Pois sou filho sou filha, sou primo sou prima, sou tio sou tia, sou alguém que para ti sorria, como todos para alguém, para mim tu és família.

Em memória de um grande senhor e amigo, 
toda a força que esteja contigo e com os teus.
Jorge Gião 
1966~2014