O que sei,
de outro tempo,
Um corte na
pele e um silêncio indeciso,
Por lutar,
um fio de luz,
Que tão
depressa aparece como se reduz...
Trouxe-me
atrás, já profundo,
Adormecido
em veias de céu,
Por entre o
mar, atravessado entre placas de ouro
E a gostar,
parece uma mão infinita,
Mas por
entre os teus olhos já só estou eu;
Se fosse
sempre um só olhar,
Por entre um
sopro, a voz de alguém,
Murmura um
leve respirar,
Mas eu não
nasço por ninguém.
Logo após um
sentimento, tão ingénuo quanto perfeito
E a voz, que
pára por um momento,
Tão cedo
engasga como é levada pelo vento...
Vivo atrás
desse tempo,
Em que chama
vem de dentro e o fumo chega ao infinito,
E os olhos
já só veêm por amar,
Mas que há
para ver se não se ouve chamar...
Se fosse
sempre um só olhar,
Por entre um
sopro, a voz de alguém,
Murmura um
leve respirar,
Mas eu não
nasço por ninguém.
Flutua e
dorme por um instante,
Fica apenas
nosso esse curto segundo
E a sonhar,
o mundo é distante,
E a sombra
de nada está já ao nosso alcance;
Num toque
leve e inseguro,
Meus olhos
vidro e minha alma papel,
Dançando
breve e rasgando-me em curvas,
Corpo de
letras e poesia de pele...