sexta-feira, 22 de junho de 2012
O Porquê de ser eu a Escrever e tu a Ler ... by The {Un}told
Questionado, pela demora da faca no alado, não sabes tu, que este chora
Vermelho que transborda, ferrugem e nicotina ...
Vícios e delírios, traduzem lamurias de ingratas luxurias ...
Intenção propositada em traduzir, consigo tal na tua retina reflectir?
Como a vida é cheia de verdades e eu não sou uma ...
Como não me acho quando procurado ...
Como me encontro encadeado, jazo preenchido de vazio quando confrontado pelo ambíguo.
Corpo de expectativas, definido mais como um de esperança do que um de Direito.
Mas quando nesta cortina esbatida, quando recolhida, abatido, mas satisfeito?
Não ...
A retina confessa, em sussurro o que o cérebro processa, em tumulto.
Como te entretenho ...
Como te satisfaço ...
Como te dou um propósito de ser ...
... tu a ler e eu a escrever.
Minhas lamurias e eternas duvidas
Satisfazem curiosidades mesquinhas
Teu contentamento pelas minhas injurias
É um preço medonho e distorcido
Mas em fúria continuo a viver e chego a ser ...
enquanto tu a rir ... acabas por na penúria morrer.
Pois a vida é bela enquanto esta queima.
Como um vela incandescente que ilumina e refracta como uma nascente ...
Mas quando privada a corrente não flui, não jaz num rio e não evolui.
Sedenta acaba por morrer ...
... paisagem inexistente de resplandecer.
Vida imaculada que não chega a florescer.
Mais uma vela que se apaga por oxigénio não beber.
Palavras de simples rigor
Possuem teor de honestidade
Não sou mais que tu nem menos
Sou vida e um dia a morte ...
Mas hoje a posição é definida.
Ser aquilo que um dia posso nunca chegar a ser.
Humano em rigor, a sofrer para poder crescer.
Ao contrário de muitos que deambula.
Pregadores de mensagens se intitulam.
De muitas formas e feitios todos prometem.
Paz e perdão de língua afiada.
Tão fácil como absolvem
para uma justiça, uma fachada.
Palavras de paz vociferam
Frases construídas letra a letra
Muito dizem e a pressupostos remetem.
Como me vêem e me conhecem ...
Como me pintam e preenchem ...
Como me oferecem um sentido, uma razão de ser ...
... eles a escrever e eu a ler.
Sendo honesto mas não ingénuo
Agradeço a intenção mas não me queixo por atenção.
Recorro a palavras por gosto.
Percorro estas com intenção.
Imaculada motivação de um dia a alguém chegar ...
Como um beijo, seja doce ou amargo ...
... seco ou molhado.
Seja o toque frio ou quente ...
Não interessa.
Tudo se contorna menos o que nos bate de frente.
Não são promessas que me constroem
Nem são as palavras que me definem
É do sofrimento, das duvidas, as eternas lamurias ...
que me ergo para viver e de pulmões cheios responder:
"O hoje se reescreve amanha
as experiências definem o caminho
realçam o tracejado para o indefinido, o mais belo e incompreendido ...
... o próprio desconhecido.
Portanto eu vivo ...
Portanto eu sofro ...
Portanto eu aprendo e me questiono
se não vivemos todos num mundo sem dono?
Portanto eu escrevo e continuo a escrever.
Tenho expectativas, sou profeta a meu ver ...
Que vós vejam com olhos de ver, o que sou e o que tenho para oferecer.
Para que no final chorem, ao saber
Que não só se cresce a ler
como lá fora, a sofrer, têm a melhor forma de aprender.
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