Há dois anos surgiu uma sugestão, a criação de um blogue com o simples e modesto objectivo de um espaço dedicado ao alívio e há partilha do que nós temos de mais verdadeiro para partilhar.
Por dois anos este blogue tem sido alvo de todo o tipo de tumultos, desabafos, crises existenciais, depravações (Obrigado!) e reflexões pessoais por parte dos seus autores entre outras formas de manifestação. Apesar de muitas vezes as obras aqui expostas carregarem uma grande cotação negativa e assentes em pilares de angústia, magoa, tristeza e todas aquelas comichões chatas que nunca parecem se dar por terminadas é com grande orgulho e carinho que posso dizer que temos recebido elogios e conseguido chegar a uma plateia de espectadores dedicados e atentos que se tem mantendo “fieis”, chamando há atenção que como o Scentless mencionou na sua Nota Editorial esta sugestão de blogue está quase a ter 2000 visitantes, se é muito ou pouco, fica a vosso critério, mas que é bem mais do que esperávamos não se discute.
Há um ano, eu e o Scentless publicamos uma obra em colaboração que como ele disse nos desafiou a níveis nunca antes testados e levou-nos ao limite, tal obra foi a “Tela de Pintor”. Uma colaboração que tem muito que se diga. Para a realização dessa obra foi definida uma estrutura de texto, tínhamos (não muito detalhado) um tema, um assunto de que queríamos partir mas tinha de haver regras, evidentemente. Tal conceptualização não era para mim algo novo mas antes pouco trabalhado, quando escrevo sou na maioria das vezes levado pelo instinto e picado pelo carácter emotivo, como melhor exemplo dei-vos a obra “Violado/Retracto” que retractava isso mesmo. Obra que fala nada mais, nada menos do que a “Inspiração” a minha sorte e desgosto. Agora têm a resposta ao porquê de não publicar textos com tanta frequência quanto gostava, porque não consigo.
Apesar das dificuldades e do tempo que na altura tínhamos para a trabalhar e a publicar, a obra “fluiu” com uma facilidade abismal. Como duas peças do mesmo puzzle não ouve margem para possível conflito, ou duvida. Quase místico, a obra fez-se sem darmos por ela.
Este ano que passou foi de facto algo bastante curioso, deu-se uma transição muito brusca, acontecimentos que ao relembrar hoje até há visão ofusca. Mas com o novo, o desconhecido, vem conhecimento, experiência, sabedoria. Apesar do numero de publicações ter sido muito mais reduzido este ano é com muito orgulho que leio e relembro qualquer obra e momento aqui presente, com uma historia por detrás, uma razão.
Mas os parabéns este ano estão também para o Scentless, que ao longo deste ano contribuiu a um ritmo activo e extremamente produtivo, mantendo o equilíbrio perfeito de quantidade qualidade. Produzindo obras que em termos de qualidade estão no topo deste blogue, e tal facto, não se discute.
Evidencio e recomendo obras como “Indifferent” em Inglês, “A despedida” em Português e “Anti-gravity explanation” (principalmente) para evidenciar opinião.
Hoje olho para estes dois anos e é impossível não notar no crescimento que berra neste blogue obra atrás de obra, um crescimento pessoal e de escrita. Um crescimento que para o mal e para o pior partilha-mos com vocês ao longo destes 2 anos e que esperamos que tenham desfrutado.
Como uma odisseia, existe um aspecto essencial que predomina sobre todos os outros, a própria viagem, quer seja mais ou menos produtiva é a companhia que no final mais interessa. Felizmente, melhor companhia não podia ter que a do meu colega Scentless, que me ajudou a salientar o interesse pela escrita, a amadurecer e a enriquecer a mesma tempos antes de este blogue ver a luz do dia.
Despeço-me deixando assim os meus parabéns ao Reflexos Moribundos, e peço-vos que continuem a desfrutar da viagem.
Obrigado.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Nota Editorial by Scentless
Passou mais um ano! A contar já vão dois e este blog continua em pé, saudável e ainda a proporcionar momentos de puro alívio para ambos os autores atormentados que nele participam.
Faz hoje um ano que eu e o Untold nos propusemos a fazer algo que nos desafiou até ao limite, mas que deu um resultado frutífero, elogiado por diversos fãs do nosso blog; esse algo foi a colaboração "Tela de Pintor", um texto conjunto com uma escala nunca antes vista em nós e que foi o primeiro marco de um ano importantíssimo na nossa escrita.
Digo isto porque foi um ano ao longo de qual se revelou sem dúvida um grande amadurecimento na escrita (pelo menos no meu caso) em ambos os idiomas e em que foram produzidos alguns dos meus textos mais elaborados e que terão sempre um lugar especial na minha galeria de favoritos, como "Wings", "Indifferent", "Mr. Sunshine Commits Suicide" ou "Flor de Papel", apenas para referir alguns.
E embora sempre mais discreto (enquanto eu produzo textos a um ritmo industrial, ele é mais pausado, mas também é cada contribuição, cada obra-prima), o Untold também amadureceu a sua escrita ao expandir os seus horizontes em termos conceptuais, mas sobre isto ele discutirá na sua própria nota.
Reconheço também que nesta recta final o blog perdeu algum fôlego (prova disso são os escassos 3 posts em tantos meses), quer por falta de tempo, quer por falta de inspiração (embora tal nos custe, ainda não conseguimos mandar nela...), mas tal não significa que ele está a morrer! Prova disso é que espero em breve publicar um post em que tenho andado a trabalhar vai algum tempo e que se afigura diferente do normal (esperem por novidades, valerá a pena!) e, apesar de este ano infelizmente não conseguirmos fazer nenhuma colaboração, aposto que o Untold também terá alguns trunfos na manga para o novo ano.
Por fim, quero apenas agradecer aos fãs do blog (quer os velhos, que estão connosco desde o início [sim, estou a olhar para ti, Marta], quer aos que nos juntaram ao longo deste ano em que blog esteve em franca expansão) e reconhecer vitalidade a este blog que se aproxima a passos largos dos 2000 visitantes e que já publicou 57 textos de grande qualidade ao longo de dois anos recheados de boas memórias!
Sem me alongar mais, muitos parabéns, Reflexos Moribundos e vemo-nos para o ano!
P.S.: Que raio de co-autor seria eu se não agradecesse ao meu colaborador, Untold, por ter tornado isto possível e por ainda hoje ser um acérrimo crítico do meu trabalho, se gostam de algum dos meus posts, muito se deve a ele!
Faz hoje um ano que eu e o Untold nos propusemos a fazer algo que nos desafiou até ao limite, mas que deu um resultado frutífero, elogiado por diversos fãs do nosso blog; esse algo foi a colaboração "Tela de Pintor", um texto conjunto com uma escala nunca antes vista em nós e que foi o primeiro marco de um ano importantíssimo na nossa escrita.
Digo isto porque foi um ano ao longo de qual se revelou sem dúvida um grande amadurecimento na escrita (pelo menos no meu caso) em ambos os idiomas e em que foram produzidos alguns dos meus textos mais elaborados e que terão sempre um lugar especial na minha galeria de favoritos, como "Wings", "Indifferent", "Mr. Sunshine Commits Suicide" ou "Flor de Papel", apenas para referir alguns.
E embora sempre mais discreto (enquanto eu produzo textos a um ritmo industrial, ele é mais pausado, mas também é cada contribuição, cada obra-prima), o Untold também amadureceu a sua escrita ao expandir os seus horizontes em termos conceptuais, mas sobre isto ele discutirá na sua própria nota.
Reconheço também que nesta recta final o blog perdeu algum fôlego (prova disso são os escassos 3 posts em tantos meses), quer por falta de tempo, quer por falta de inspiração (embora tal nos custe, ainda não conseguimos mandar nela...), mas tal não significa que ele está a morrer! Prova disso é que espero em breve publicar um post em que tenho andado a trabalhar vai algum tempo e que se afigura diferente do normal (esperem por novidades, valerá a pena!) e, apesar de este ano infelizmente não conseguirmos fazer nenhuma colaboração, aposto que o Untold também terá alguns trunfos na manga para o novo ano.
Por fim, quero apenas agradecer aos fãs do blog (quer os velhos, que estão connosco desde o início [sim, estou a olhar para ti, Marta], quer aos que nos juntaram ao longo deste ano em que blog esteve em franca expansão) e reconhecer vitalidade a este blog que se aproxima a passos largos dos 2000 visitantes e que já publicou 57 textos de grande qualidade ao longo de dois anos recheados de boas memórias!
Sem me alongar mais, muitos parabéns, Reflexos Moribundos e vemo-nos para o ano!
P.S.: Que raio de co-autor seria eu se não agradecesse ao meu colaborador, Untold, por ter tornado isto possível e por ainda hoje ser um acérrimo crítico do meu trabalho, se gostam de algum dos meus posts, muito se deve a ele!
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